Entre Olhares: O Saber Consensual

Deparei-me com a informativa leitura do livro “Ciência x Espiritualidade”, editado pela Sextante, em 2012, de autoria de CHOPRA, D. e MLODINOW, L. Considero importante compartilhar com vocês alguns dados apresentados no livro e que podem servir de base científica para refletirmos e entendermos algumas expressões do saber consensual do povo brasileiro. Desde já alerto que “qualquer semelhança poderá até ser mera coincidência, mas não necessariamente”.

De acordo com os respeitadíssimos cientistas, o cérebro humano tem mais de um bilhão de neurônios, o que equivale, aproximadamente, ao número de estrelas numa galáxia. Cada neurônio normalmente está conectado a milhares de outros. Ao que se sabe, o cérebro humano compreende mil trilhões de SINAPSES (lacunas entre neurônios pelas quais fluem os sinais químicos e elétricos). O sistema de um computador avaliado em muitos milhões de US$ chega a ter no máximo 1 trilhão de transistores.

Antes da conclusão do PROJETO GENOMA HUMANO acreditava-se que tínhamos até 120 mil genes, já que somos a espécie mais avançada do planeta. Ledo engano… Concluído o projeto descobriu-se que temos apenas 23 mil genes. Tanto quanto uma galinha, menos que um nematoide, uma salamandra, uma uva ou uma espiga de milho. Desse total 65% são tão básicos que nós compartilhamos com uma banana.
Os seres humanos se diferenciam entre si por apenas 0,1% de seus genes. A diferença genética entre nós e um chimpanzé é de apenas 15 vezes esse valor. Nós compartilhamos 98,5% dos nossos genes com os primatas; mais de 90% com os ratos e 60% com as moscas das frutas. A ciência afirma que as formas primitivas de vida surgiram há quase 4 bilhões de anos, ou seja, nesse tempo, a Terra e o Universo estavam mortos ainda.

Acredita-se que na primeira fase da História da Terra existiam 250 minerais. As turbulentas forças da crosta e o calor liberado pelos vulcões elevaram este número para mil e 500. Somente há cerca de 2 bilhões de anos os organismos vivos começaram a processar esses minerais, chegando hoje ao total de 4.500 elementos. A ciência afirma que a evolução torna os organismos apenas bons o bastante para sobreviver.
Sabe-se hoje da existência de 10 bilhões de trilhões de estrelas no universo. Um bilhão de sistemas estelares são capazes de abrigar vida. Presume-se que daqui há 7 bilhões de anos o sol vai estar 250 vezes maior e que engolirá os planetas internos, ou seja, o famoso FIM DO MUNDO é sim plausível. Daí por que os messiânicos professam que isso acontecerá através do fogo.

Moral da História: falta aos diletos e poderosos seres humanos deste planeta um pouco mais de informação. Cientificamente já está provado pela genética que não há diferença entre pretos e brancos; e, entre estes e um verme, a diferença é muito pouca. Por isso, é pura ignorância e burrice, querer se ofender quando somos chamados pelo saber consensual dos mais antigos de: “galinha”; “banana”; “seu verme” ou “sua mosca”.

*Lucio José de Oliveira