Iguatu
Reajuste dos servidores de nivel superior de Iguatu só deve ser votado em fevereiro
Após debates na sessão desta quinta-feira, 17, o parecer negativo emitido pela comissão de constituiçao e justiça da casa permaneceu, impossibilitando o projeto de ser apreciado, debatido e votado. Oriundo do poder executivo, o projeto determina o reajuste de 10,7% e o pagamento do valor retroativo a maio desse ano.
Com essa situação, o projeto de reajuste salarial dos servidores de nível superior de Iguatu só deve ser votado após o recesso da câmara e na nova gestão.
Segundo a assessoria jurídica do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu, SPUMI, o desfecho da sessão foi recebido com desânimo e revolta pelos servidores, que irão se reunir para pensar nas medidas jurídicas a serem tomadas.
Um parecer emitido pela assessoria do sindicato mostrou a viabilidade do reajuste, considerando a economia feita pelo município com a exoneração de contratados e comissionados da prefeitura. A economia com o enxugamento da folha se aproxima de 400 mil reais por mês. Segundo o sindicato, o reajuste representaria cerca de 70 mil reais por mês ao município.
O sindicato também havia apresentado a proposta de desconsiderar o valor retroativo a maio, ponto principal de críticas ao projeto. A emenda com essa proposta seria apresentada pelo vereador Bandeira Junior a pedido do sindicato. “Estamos aqui cumprindo nosso papel e como fui procurado pelo sindicato e achamos interessante a proposta, podemos propor a emenda ao projeto para acabar com essa polêmica”, afirmou Bandeira.
Entenda o caso
O projeto que reajusta os salários dos servidores de nível superior em Iguatu foi enviado para a câmara de vereadores após o período eleitoral e após intensas negociações com a categoria em greve. A negociação remonta o primeiro semestre do ano sem ter conseguido êxito. Após a eleição e com a exoneração em massa de cargos comissionados e prestadores de serviços, o prefeito Aderilo Alcântara, atendeu à solicitação do sindicato de um reajuste de 10,7%, que cobre apenas perdas inflacionárias. O projeto também prevê o pagamento do valor retroativo a maio, quando iniciaram as negociações, a ser pago a partir de janeiro.
O projeto, porém, não foi bem recebido pela bancada de oposição, alinhada com o novo gestor, que afirmou ser um projeto oportunista e estar criando gastos para o prefeito eleito Ednaldo Lavor. O prefeito eleito também entrou com uma ação junto ao ministério público para evitar possíveis prejuízos à gestão que se inicia.
A categoria dos servidores, no entanto, afirma que o funcionário público não pode ser vítima de disputas políticas. Na câmara, seguindo a tramitação, o projeto passou pela comissão de constituição e justiça, onde teve parecer desfavorável.
Votaram contra o projeto o vereador Marconi Filho e a vereadora Cida Albuquerque. O terceiro integrante da comissão, o vereador Ronald Bezerra, votou a favor do projeto.
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