Economia
Gestão da Petrobrás vende derivado no mercado interno com preço três vezes e meia maior que custo de produção
A Petrobrás apresentou em 2021 um custo médio de extração de petróleo e produção de derivado de R$114,89 por barril, ao mesmo tempo, vendeu esse produto no mercado interno por um valor três vezes e meia maior, R$ 416,40 o barril, garantindo, assim, lucro de R$ 301,51 por cada barril comercializado no país no ano passado.
Os cálculos são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese/subseção FUP), com base nas informações dos relatórios de desempenho financeiro da Petrobrás de 2019, 2020 e 2021. Na composição desses custos, entram as participações governamentais (royalties e participações especiais) e todos os custos operacionais (na extração do petróleo e refino).
SUPERFATURAMENTO
Os dados mostram que o valor de venda doméstica de derivados praticado pela gestão da Petrobrás em 2021 (R$ 416,40/barril) foi 63% acima do realizado em 2020 (R$ 254,40/barril), ao mesmo tempo em que o custo de extração e refino, em real, caiu.
Por trás da diferença entre custo de produção e valor de venda doméstica está a política de preço de paridade de importação (PPI) praticada pela direção da Petrobrás, que leva em consideração o preço internacional do derivado, variação cambial e despesas com importação; e desconsidera custos internos de produção.
Segundo as análises do Dieese /FUP, o valor médio do barril de derivado comercializado pela Petrobrás no país cresceu 40,7%, entre 2019 a 2021, acima das variações do câmbio (36,7%) e do barril do óleo no mercado internacional (10%).
REDUÇÃO DE CUSTOS
Enquanto isso, no mesmo período, a empresa teve redução de custos de extração, em todas as alternativas apresentadas pela estatal em seus relatórios financeiros (terra, pós sal, pré-sal, com ou sem participações governamentais e com ou sem afretamento). De um ano para outro, a empresa aumentou seus volumes de extração e concentrou atuação em campos com maior produção e produtividade, como os campos do pré-sal, que são muito mais rentáveis que os demais.
Em relação ao refino, também houve redução significativa dos custos de produção, de 32,5% no período 2019/2021, se considerado em dólar; e de 8,5% em reais. Da mesma forma, destacam-se menores custos operacionais e maior produtividade.

Considerando o maior custo de extração no ano de 2021 (com participação governamental e com afretamento), de US$ 19,62 por barril, ao câmbio de R$ 5,40, o custo por barril, em real, é de R$ 105,95. Somado ao custo de refino em reais, de R$ 8,94 por barril, chega-se a um custo total de R$114,98.
Por conta da grande produtividade dos campos do pré-sal, descobertos em 2006, e dos investimentos nas melhorias operacionais das refinarias brasileiras, a Petrobrás vem apresentando queda nos custos para extração do petróleo e para a produção de derivados. O resultado dessa política são maiores lucros para a empresa distribuir para seus acionistas nacionais e estrangeiros (cerca de 750 mil acionistas no total), enquanto a população sofre com preços absurdos nos combustíveis, mais inflação e perda do poder de compra dos salários.
Fonte: FUP – Federação Única dos Petroleiros
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