Nova direção do Hospital Regional de Iguatu realiza coletiva de imprensa e apresenta os novos rumos da administração

Nessa segunda-feira, 16 de janeiro, a direção do Hospital Regional de Iguatu realizou uma coletiva de imprensa com repórteres locais, a fim de esclarecer como está a instituição atualmente, bem como apresentar os novos gestores da unidade de saúde.

A Sra. Marleuda Gonçalves, assistente social e ex-secretária de saúde do município de Acopiara, é a nova Diretora Operacional, a Sra. Patrícia Diniz, economista e ex-secretária de desenvolvimento de Iguatu assume a Direção Financeira/Administrativa, o Dr. Roberto Mendonça, médico clínico e cirurgião, será o Diretor Médico.

O setor de traumatologia do HRI sempre foi o mais procurado pelos municípios atendidos, e apresenta uma situação crítica. Foi repassada pela direção da instituição, uma fila de espera para cirurgias com 100 pacientes até dezembro de 2016. O diretor médico complementou a informação apresentado as dificuldades enfrentadas pelo setor: “Falta pra gente uma resolução imediata da parte principalmente dessa fila mais próxima, que começa ali entre outubro e novembro de 2016, que são os pacientes na verdade que ainda tem condições de realizar cirurgias sem sequelas”.

Até o dia 15 de janeiro deste ano foram atendidos 344 pacientes vítimas de trauma no hospital regional de Iguatu, e já contabiliza uma fila de 25 cirurgias deste número citado. A diretora operacional explicou como funciona o atendimento, agendamento e transferências de casos mais graves: “Quando chega um paciente com fratura exposta, por exemplo, ele vai encaminhado para o Cariri, faz o primeiro atendimento e o paciente retorna para o município de origem pra aguardar a fixação, a cirurgia em si”.

A clínica médica do HRI atendeu até agora 1554 pacientes, para a clínica cirúrgica foram 163.

A direção informou que para dar resolutividade e garantir que familiares dos pacientes não precisem pagar por exames fora do hospital quando estiverem internados, o laboratório do HRI será terceirizado. Isso aumenta o número de exames a serem realizados e diminui os custos.

É consenso entre profissionais e a população que a UTU (Unidade de Tratamento de Urgência) do hospital é capaz de dar um atendimento qualificado, o que faltaria seria o número suficiente de profissionais e recursos para manutenção, que é de alto custo. Quando perguntado se o serviço será melhorado, o diretor médico Dr. Roberto Mendonça explicitou as mudanças já implantadas: “Estão sendo abertos mais 04 ventiladores mecânicos novos, nós hoje temos 05 leitos, e nós já salvamos várias vidas aqui na UTU”. O diretor clínico disse ainda que o custeio da UTU é como leito normal, e presta o serviço diferenciado para pacientes mais graves.

Está dentro dos próximos passos da direção, retomar as cirurgias de traumatologia, retomar o funcionamento do centro de imagem, retomar o funcionamento da ouvidoria, fortalecer a humanização e qualidade no atendimento, dar condições de funcionamento aos novos serviços (casa da gestante, centro de parto normal, UTI neonatal e nova enfermaria de ortopedia), reformar a emergência. Haverá ainda a classificação de risco com triagem para os atendimentos e serão reavaliadas as visitas aos pacientes.

Existe uma dívida da prefeitura de Iguatu em torno de R$ 2.000.000,00 com os Camilianos, ex-gestores do HRI, a diretora financeira, Sra. Patrícia Diniz respondeu até que ponto essa pendência irá interferir a nova administração do hospital: “É uma preocupação do secretário Marcelo desde a transição, não só a dívida dos Camilianos, mas outras também. É uma dívida do Município que nesse momento se a gente for só pensar nessa dívida a gente não vai resolver, e a gente não vai planejar o que a gente tá fazendo. O que a gente quer é que se for feito um acordo, que ele entre na normalidade e para realidade do Regional hoje”.
São enviados ao HRI 400mil reais mensais oriundos do Governo Federal, 390 mil reais do Governo Estadual, além dos recursos dos 10 municípios atendidos.

Na ocasião da coletiva, a direção informou algumas ações já realizadas pela nova administração na instituição de saúde como normalização: da alimentação; fornecimento de medicamentos; quadro médico com aumento de profissionais incluindo segundo clínico durante a semana; atendimento da UTU; funcionamento do laboratório.