Iguatu
Vigilância Sanitária divulga resultado do laudo de peixes contaminados no Rio Jaguaribe
O laudo definitivo sobre os peixes infestados de larvas encontrados no final do mês de março no Rio Jaguaribe região do Quixoá em Iguatu, chegou a Vigilância Sanitária da Cidade de Iguatu (VSI). O estudo inicial foi solicitado do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen), em Fortaleza, mas não foi conclusivo quanto à classificação das larvas, e uma nova analise realizada na Universidade Fluminense por meio do departamento de tecnologia de alimentos e inspeção de pescados.
De acordo com biomédico, Samuel Bezerra, coordenador da VSI, o Laudo Ictiossanitário, feito na UFF, assinado pelo professor doutor, Sérgio Carmona, titular e coordenador do mestrado profissionalizante em higiene e inspeção em tecnologia de alimentos de origem animal, apresentou que os parasitas encontrados nos peixes se tratam de vermes da espécie dos trematódeos, metacercários do gênero Clinóstomos.
“Esse laudo foi dado pelo professor doutor Sérgio Carmona. No Brasil já foram relatadas infestações em cidades como Santa Maria, no Rio Grande do Sul e em Florianópolis, Santa Catarina. Os animais aquáticos, os peixes funcionam como hospedeiros intermediários, secundários, mas geralmente os hospedeiros intermediários são caramujos, do gênero biomphalaria. Essa doença é da mesma classificação da esquistossomose, que também é uma doença transmitida pelo caramujo e causada Schistosoma mansoni, que é da mesma classe desse verme que infestou esses peixes enviados para analise”, explicou Dr. Samuel Bezerra.
O verme tem como hospedeiro definitivo, repteis, aves e mamíferos, inclusive o homem. “Não é uma doença endêmica, é relativamente rara, apesar de esta distribuída geograficamente por todo o mundo. Ela pode ser transmitida se houver caramujos em locais aquíferos fechados, como açudes ou criatórios. A metacercárias ela sai do caramujo e acaba entrando no animal que chegue a ter contato com essas larvas na água”, disse.
A recomendação é que no caso os peixes, já mais devem ser consumidos crus, ou mal passados. “Sempre que for comer, deve ser bem assados, bem fritos ou bem cozidos. O peixe que é infectado por essas larvas, fica doente e o nome é doenças dos pontos amarelos. Já se chegar a contaminar o ser humano, é chamada de Clinostomose, que é a verminose causada por esse parasita”, pontuou.
Os peixes foram capturados, no Rio Jaguaribe, no sítio Quixoá, por moradores da região do Distrito do Barro Alto, acreditam que o problema surgiu, depois da chegada da água vinda no dia 19 de março, após o arrombamento do Açude dos Montes, em Assaré, na região do Cariri.
Outro fator que possa contribuir para o não consumo dos peixes na região é a lei do defeso da pesca em água doce de peixes de piracema, em rios, riachos e açudes do Ceará, que segue até o final de abril. A medida, estabelecida em portaria, tem por objetivo proteger a reprodução das espécies branquinha, curimatã, piaba, sardinha e tambaqui, nos rios, lagoas, açudes públicos e particulares.
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