Ceará
Festa de Iemanjá como Patrimônio
Símbolo da ancestralidade afro descendente e considerada a maior celebração umbandista de Fortaleza, a Festa de Iemanjá passará por votação para ser registrada como Patrimônio Imaterial de Fortaleza nesta sexta-feira (29). A reunião extraordinária será realizada pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural (Comphic), no Centro Cultural Belchior e estará aberta à todos que quiserem assistir.
De acordo com o secretário de cultura de Fortaleza, Evaldo Lima, o registro significa uma salvaguarda, para que a Festa nunca deixe de existir. “É um momento fundamental para a comunidade umbandista fortalezense. A celebração representa um movimento de resistência, pluralismo, e respeito às diversas religiões, será uma grande conquista”, salienta.
Na ocasião, será apresentado pelo antropólogo Jean dos Anjos uma pesquisa que estava sendo feita desde o ano passado por quatro pesquisadores da Célula de Patrimônio Imaterial da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), gerenciada por Graça Martins.
A apresentação mostrará um relatório técnico com todo o contexto histórico, a origem do festejo e as características da Festa de Iemanjá, como o cortejo e a imagem da santa. A exposição é um arcabouço documental constituído por mais de seis mil fotografias, registros audiovisuais e antropológicos sobre o significado da Celebração.
Mapeamento
“Nós mapeamos os terreiros que participam da festa, e estivemos presentes o tempo todo. É uma responsabilidade bem grande. Temos certeza que nosso trabalho está muito bom. Ao longo deste ano visitamos os terreiros. A pesquisa é muito conclusiva. Estou muito confiante e com a certeza que foi tudo seriamente feito”, afirma a gerente da Célula de Patrimônio Imaterial.
Após a apresentação, 16 conselheiros, sendo do 7 poder público e 7 da sociedade civil votarão. Entre os jurados, estão representantes da Universidade de Fortaleza (Unifor), Universidade Federal do Ceará (UFC), da Organização dos Advogados do Brasil (OAB) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). De acordo com o secretário Evaldo Lima, a expectativa é positiva, já que os próprios conselheiros cobram esse registro há muito tempo.
Caso o registro seja feito, significa a inclusão da festa de Iemanjá no calendário cultural de Fortaleza e, sendo assim, a atuação dos órgãos de poder público para que a festa desempenhe uma função social e educativa. A salva guarda também deve garantir a perpetuação da celebração, maior desejo dos umbandistas. “A Festa já acontece há mais de 50 anos. Foi uma luta nossa, e o Patrimônio vai nos ajudar a perpetuar essa tradição”, explica a vice-presidente da União Espírita Cearense de Umbanda (Uecum), Mãe Tecla.
Fonte: Diário do Nordeste
-
Noticias2 semanas atrásHeineken desativa fábrica no Ceará para concentrar operações na unidade de Pernambuco
-
Noticias2 semanas atrásLa Niña fraca em 2026 deve trazer chuvas acima do normal no Nordeste e períodos secos no Sul
-
Iguatu2 semanas atrásPrefeitura acusa SPUMI de burlar decisão judicial e pede ao TJCE restrições; juristas apontam possíveis inconstitucionalidades nos pedidos
-
Ceará1 semana atrásSeis pessoas são detidas suspeitas de participar de fraude em um concurso público no interior do Ceará
-
CeLelebridades1 semana atrásCOLUNA: CeLELEbridades
-
Noticias2 semanas atrásMaciço de Baturité ganhará hospital público batizado em homenagem ao Papa Francisco
-
Iguatu6 dias atrásIguatu regulariza R$ 1,63 milhão em consignados não repassados à Caixa e greve é suspensa após acordo mediado pelo TJCE
-
Noticias1 semana atrásMinistro anuncia renovação automática e gratuita da CNH para motoristas sem infrações

