Economia
Brasil pode voltar ao ‘Mapa da Fome’
Especialista em segurança alimentar, o economista Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e consultor da ActionAid Brasil, afirma que o País pode estar prestes a voltar para o Mapa da Fome da ONU.
O Brasil deixou de figurar no mapa em 2014 – quando foi constatado que menos de 5% da população estava em situação de vulnerabilidade extrema. Um relatório entregue às Nações Unidas em julho e assinado por 40 ONGs que atuam no País, entre elas o Ibase e o ActionAid, foi quem primeiro fez o alerta sobre o aumento da fome.
Ao avaliar as políticas usadas para alcançar as metas do milênio das Nações Unidas, o relatório revela que o risco se deve a uma combinação de fatores registrados desde 2015 como a alta do desemprego, o avanço da pobreza, o corte de beneficiários do Bolsa Família e o congelamento de gastos públicos.
Campanha Natalina
De olho no retorno da fome ao Brasil, a ONG Ação da Cidadania voltou, após dez anos, a promover o evento “Natal sem Fome”.
Uma mesa de 1 km de comprimento, sobre a qual foram colocados pratos vazios, foi instalada ontem, no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
O objetivo dos organizadores foi chamar a atenção para o risco de o País retornar ao mapa da Fome, da Organização das Nações Unidas (ONU). A meta é arrecadar 500 toneladas de alimentos até o fim do ano.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que 7 milhões de brasileiros passam fome, atualmente. O quadro se agravou a partir de 2014, quando iniciou a crise econômica. Do ponto de vista estatístico, o número não é suficiente para posicionar o País novamente como um dos mais críticos no mundo, por ter mais de 5% da população ingerindo menos calorias do que o necessário. A ONG fundada pelo sociólogo Herbert de Souza alerta, porém, para o agravamento da pobreza nos últimos anos e retrocessos sociais.
Diretor executivo da Ação da Cidadania, Kiko Afonso destaca a importância de trazer a pauta da fome para a sociedade e o governo, especialmente, por causa da proximidade das eleições.
“A pobreza aumentou. É preciso investir em soluções de sobrevivência”, disse. Ele cita relatório da Oxfam Brasil, realizado a partir de pesquisa do Banco Mundial, que demonstra que 16 milhões de brasileiros vivem em condições precárias, abaixo da linha da pobreza.
A campanha vai se estender a outros 17 Estados.
Fonte: Diário do Nordeste
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