Brasil
Rei belga matou dez milhões no Congo; hoje, um filho de congoleses é ídolo da seleção
O genocídio comandado pelo rei belga Leopoldo II, no território que hoje pertence à República Democrática do Congo, é uma das maiores barbáries da história moderna. Entre 1885 e 1924, estima-se que ao menos dez milhões de congoleses foram mortos em nome da exploração de recursos naturais, como marfim e látex, usado para produção de borracha.
Hoje, a Bélgica é a 15ª no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial e tem o 22º maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta, equivalente a 0,896. O IDH da República Democrática do Congo é estimado em 0,435, o 13º mais baixo do mundo.
Na virada do século 20, os africanos eram usados como escravos a serviço dos belgas. Castigos físicos e mutilações de pés e mãos eram usados para punir os trabalhadores que não alcançavam a meta de produção estipulada pelo rei.
Legado perverso
Um século após o genocídio, um filho de congoleses veste a camisa da Bélgica e enfrenta com gols o racismo – que persiste após a morte do rei Leopoldo.
Romelu Lukaku, atacante do Manchester United, é filho de Adolphine e Roger Lukaku, que também foi jogador de futebol e brilhou em clubes belgas. No Anderlecht, principal time do país, o garoto alcançou entre 2006 e 2009 a incrível marca de 131 gols em 93 jogos. Nesta Copa do Mundo, com 25 anos, ele já balançou as redes quatro vezes.
Em entrevistas concedidas pouco antes da competição, Lukaku contou que passou fome durante a infância e foi discriminado pela cor da pele no início da carreira. Com talento, força física e frieza nas finalizações, ele é um dos atletas mais promissores e disputados no mercado europeu.
A excelente campanha da Seleção Belga também depende de outros jogadores com raízes africanas. Os meias Fellaini e Chadli, que marcaram gols na classificação histórica contra o Japão, têm ascendência marroquina.
A Bélgica será o próximo adversário do Brasil no Mundial. O confronto entre as duas equipes, válido pelas quartas-de-final, acontece em Kazan, a 800 km da capital Moscou.
Daniel Giovanaz e Poliana Dallabrida, do Brasil de Fato
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