Ceará
Com percentual maior que o do País, PIB do Ceará sobe e vai a 1,59% em 2019
Consolidando o avanço do ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará no terceiro trimestre, a previsão para a atividade econômica estadual foi reajustada para cima. Anteriormente previsto em 1,34%, o prognóstico para o PIB cearense passou para 1,59% no ano, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
O percentual é maior que o previsto para o Brasil, cuja estimativa atual está em 1,12%, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central. Ainda assim, a atividade econômica deve encerrar o ano em ritmo menor que o previsto no fim do ano passado, quando a expectativa era de alta de 2,5% para o PIB cearense. No Brasil, a perspectiva chegava a 2,55%. Para 2020, o Estado deve crescer 2,38%, novamente acima do previsto para a média do País (2,25%).
Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, o governador Camilo Santana celebrou o resultado do Estado. “Quando a economia cresce, movimenta mais recursos, gera mais emprego para os cearenses”.
Serviços
Responsável por quase 80% da economia do Ceará, o setor de serviços tem apresentado resultados mais constantes, que ajudam a amortizar as oscilações. No terceiro trimestre deste ano, o segmento avançou 1,33% em relação a igual período de 2018. O assessor técnico do Ipece, Alexsandre Lira, explica que, por ser muito grande, é normal que as taxas de crescimento do setor sejam pequenas.
“Diante da crise, as pessoas têm que consumir, nem que seja no básico do básico. Ele (setor de serviços) sofreu impacto com certeza, mas, dentre as atividades, foi o que sofreu menos. A gente vê número expressivos, mas sem crescimentos tão grandes, porque como o setor é muito grande, não pode crescer muito. Mas é de se comemorar”, aponta.
Ele ainda ressalta que o segmento irá encerrar o ano com saldo positivo de empregos diante da recuperação observada ao longo do ano. “Se a economia começa a ganhar melhores expectativas, o empresário começa a ver de forma diferente, começa a contratar. O cara que ganha um novo emprego vai consumir mais e vai ter rebatimento primeiro no setor de serviços”.
A melhora do setor ainda deve impactar a produção da indústria. Entre julho e setembro, as vendas do comércio avançaram 2,77%. “Pelos indícios que temos visto, este quarto trimestre vai ser de um novo resultado positivo. Com maiores vendas, a indústria produz mais”, afirma.
Indústria
A indústria cearense engatilhou o segundo trimestre consecutivo de alta, o que não acontecia desde 2017. Entre abril e junho, o avanço foi 3,5% a mais que o ano passado e outros 3,7% de julho e setembro, totalizando 1,43% no acumulado do ano.
O também assessor técnico do Ipece, Witalo Paiva, revela que as duas altas tiveram motivos distintos. Com a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, a base de comparação da indústria ficou baixa, o que gerou um avanço expressivo este ano, diante de um cenário normal. Já no terceiro trimestre, a indústria continua crescendo em patamar parecido devido ao aumento da produção de energia eólica e termoelétrica e com a melhora da construção civil, impulsionada por investimentos públicos e privados.
“No ano, a indústria tem se caracterizado por um comportamento meio moroso. E a explicação para isso é a economia nacional, que não demonstrou ainda sequência de crescimentos muito forte. Isso rebate nas atividades, que rebate também no nosso Estado”, aponta Paiva.
Ele ainda ressalta que, para 2019, é esperado que o setor acumule alta em torno de 1,4%. “Em 2020, acho que vai ser melhor. Temos o segundo ano de Governo, algumas reformas já encaminhadas, um cenário de inflação benigno, perspectiva de manutenção de juros baixos”, avalia.
Agropecuária
Apesar de ser o setor com a menor participação no PIB, a agropecuária é o segmento que tem estado na dianteira do crescimento. No terceiro trimestre, apresentou avanço de 6,66% frente a igual período no ano passado, acumulando alta de 4,51% até setembro. A assessora técnica do Ipece, Cristina Lima explica que a produção de leite e de ovos puxou o incremento diante da alta demanda.
“Nós estimamos que a produção de leite encerre o ano com crescimento de 24% em relação ao ano passado. A de ovos deve ter alta de 22%. O leite já vinha em uma série de resultados positivos contínuos, explicados por um excesso de demanda, o que possibilita uma margem de crescimento”.
Fonte: Diário do Nordeste
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