Ceará
Agente penitenciário morto foi confundido com membro de facção
Uma semana depois da morte do agente penitenciário Paulo Vitor Passos Teixeira, de 25 anos, foi descartada a hipótese de uma tentativa de latrocínio. Depoimentos de testemunhas apontam que ele e os amigos chegaram a ser confundidos com membros de uma facção rival à que domina o local da abordagem.
A reportagem apurou detalhes sobre a ocorrência que vitimou Paulo Vitor. Na noite do dia 1º de março de 2020, o agente estava acompanhado de amigos, retornando de um aniversário. Eles entraram em uma rua sem saída localizada na favela do ‘Pau Finim’, no bairro Papicu. Logo quando chegaram ao local, foram abordados por homens armados que, conforme investigações, integram uma facção criminosa de origem cearense.
De acordo com depoimentos de testemunhas, homens gritaram ordenando que o motorista baixasse todos os vidros do carro e desembarcassem do veículo. As vítimas desceram e disseram que não eram criminosos e que apenas estavam voltando de um aniversário e tinham entrado na rua errada.
Todas as vítimas foram obrigadas a sentar à beira de uma calçada e começaram a ser fotografadas. A intenção das fotos era saber se elas pertenciam a alguma facção rival. Os criminosos pegaram o celular do agente e localizaram fotos dele em posse de arma. Paulo Vitor decidiu correr no sentido contrário em relação a onde estavam os amigos dele e os criminosos, e foi baleado. Um dos criminosos que correu atrás do agente tomou a arma da vítima e voltou afirmando aos demais: “eu disse que era policial”.
O homem responsável por fotografar cada uma das vítimas a fim de saber se eram de facção seria um recém-integrante da organização criminosa. Ele estava em processo de “batismo” quando o agente penitenciário foi assassinado. Após prestar depoimento, uma das testemunhas foi incluída em um programa de proteção do Governo do Ceará.
PARTICIPAÇÕES
O homem identificado como Marcelo Bezerra da Silva (35), o ‘Morcegão’, é chefe do tráfico na região. Ele foi preso sob suspeita de ter dado a ordem para que os criminosos atirassem no agente penitenciário Paulo Vitor Passos Teixeira, de 25 anos, no bairro Papicu, já tinha antecedentes criminais e, inclusive, era conhecido das polícias internacionais. ‘Morcegão’ tem duas passagens por roubo no Ceará e em 2015 chegou a ser preso no distrito de Setúbal, em Portugal.
Ele foi capturado no exterior enquanto era investigado pela participação no tráfico internacional de drogas. Integrava uma organização criminosa e, durante o flagrante, estava em posse de quase oito quilos de cocaína, pronta para revenda, além de cocaína diluída em garrafas de cachaça. O homem foi encontrado em uma casa, onde funcionava um laboratório de drogas.
Marcelo Bezerra da Silva foi o sétimo suspeito preso por envolvimento nesse crime. Os outros seis presos foram identificados como Abnoan Avelino Vieira, de 49 anos; Antônio Denilson Marques da Silva, 20; Francisco Alves da Silva, 34; Edson Alexsander Nogueira dos Santos, 23; Lucas Luiz Ferfolli, 25 e Marcos Antônio Ferreira.
Marcos Antônio é conhecido como ‘Negão’. Segundo a Polícia Civil, ele seria um dos autores dos tiros contra o agente penitenciário. Durante depoimento, ‘Negão’ confessou ter executado Paulo Vitor. Antonio Denilson Marques, o ‘Gordinho’, seria o outro executor do homicídio. Francisco teria dado fuga a Negão, Abnoan foi encarregado de guardar a arma do servidor e Edson e Lucas participaram da abordagem de todas as vítimas.
Fonte: Diário do Nordeste
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