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Aliança contra Fome: desafios incluem engajamento social e durabilidade dos efeitos

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Como legado da presidência do G20, o Brasil escolheu como prioridade o combate à fome, que atinge mais de 700 milhões de pessoas no mundo. A iniciativa, denominada Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, visa reunir recursos e conhecimentos para a formulação de políticas públicas.

O lançamento oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza ocorrerá paralelamente à Cúpula de Líderes do G20, prevista para iniciar em 18 de novembro. Após o lançamento, a aliança será gerida por uma estrutura internacional com escritórios em Roma, Adis Abeba, Bangkok, Brasília e Washington.

Especialistas enxergam a aliança de forma positiva, mas destacam desafios que precisam ser superados para garantir sua efetividade. Dois pontos críticos são a adoção de medidas de longo prazo pelos países, gerando resultados contínuos, e a inclusão da sociedade civil na implementação das políticas.

O professor Renato Sérgio Maluf, da UFRRJ, defende que as ações devem refletir uma visão ampla e sistemática dos direitos humanos. Ele também coordena o Centro de Referência em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Ceresan) e ressalta que a participação da sociedade depende dos contextos políticos e sociais de cada nação.

Mariana Santarelli, da FIAN Brasil, acredita que o Brasil possui um grande trunfo na promoção da aliança, graças à experiência acumulada em décadas de combate à fome e à pobreza. A Aliança Global contra a Fome propõe uma cesta de políticas adaptáveis aos contextos nacionais, divididas em dez categorias, como proteção social, acesso a serviços básicos, infraestrutura e apoio a pequenos agricultores.

A plataforma é colaborativa, permitindo que todos os membros editem e sugiram novas políticas, desde que atendam a critérios específicos. Os principais estudos sobre fome são conduzidos pela FAO, que indicam que a subnutrição global afeta 9,1% da população, com a África sendo a região mais afetada. A adesão de países do G20 e de organizações internacionais à aliança é essencial, mas enfrenta resistência, especialmente dos países mais ricos.

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