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Antidepressivo pode reduzir risco de internação por Covid em 32%
Ensaio com voluntários brasileiros mostra que fluvoxamina ajuda a evitar internação longa, se diagnóstico for precoce.
O antidepressivo fluvoxamina pode diminuir em até 32% as internações prolongadas de pacientes ambulatoriais com comorbidades e com a Covid-19 diagnosticada precocemente. Essa foi a conclusão de um estudo feito com voluntários brasileiros e canadenses que foi publicado na conceituada revista científica The Lancet nesta quarta-feira (27).
Os pesquisadores trabalharam com um grupo de 1.497 brasileiros não vacinados, com teste PCR positivo para a doença e com ao menos um fator de risco para a Covid grave, de 20 de janeiro a 5 de agosto deste ano. A idade média dos participantes foi de 50 anos, e 58% eram do sexo feminino. O ensaio foi feito em 11 cidades de Minas Gerais.
Um grupo de 756 voluntários recebeu tratamento com placebo (remédio sem efeito). Outro grupo, com 741 pessoas, fez uso de 100 ml do antidepressivo duas vezes por dia.
Entre os participantes que receberam o remédio no atendimento de emergência, 79 precisaram ser internados e ficaram mais de seis horas em um ambiente de emergência. Já entre os que receberam placebo, 119 necessitaram de mais de seis horas de internação. Os medicamentos foram dados por dez dias aos voluntários.
Os resultados demonstraram uma redução do risco de hospitalização prolongada ou atendimento de emergência de 5% e uma redução do risco relativo de 32%.
Sobre a mortalidade, apenas uma pessoa do grupo que recebeu pelo menos 80% do medicamento morreu e houve 12 óbitos entre os que receberam placebo.
Em artigo publicado no periódico, o pesquisador Otavio Berwanger, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, ressaltou a importância do estudo, mas advertiu que mais ensaios devem ser feitos antes do uso consistente no tratamento da Covid-19.
“A resposta definitiva sobre os efeitos da fluvoxamina em desfechos individuais, como mortalidade e hospitalizações, ainda precisa ser abordada. Além disso, ainda não foi estabelecido se a fluvoxamina tem um efeito aditivo a outras terapias e qual é o esquema terapêutico ideal do medicamento. Ainda não está claro se os resultados a outras populações de pacientes ambulatoriais com Covid-19, incluindo aqueles sem fatores de risco para a progressão da doença, aqueles que estão totalmente vacinados e aqueles infectados com a variante Delta ou outras variantes”, escreveu o especialista.
A fluvoxamina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina, um neurotransmissor que atua na comunicação entre as células nervosas. O medicamento é indicado para o tratamento da depressão, transtornos obsessivo-compulsivos e outras problemas da saúde mental. Os medicamentos só são vendidos com receita médica e o uso contra a Covid-19 só deve ser feito com orientação médica.
Fonte: Monitor R7
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