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Após 50 anos, IBGE volta a usar o termo favela no Censo

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Nesta terça-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que voltará a utilizar o termo “favelas e comunidades urbanas brasileiras” para se referir a esses locais no Censo. Essa mudança ocorre 50 anos após o início do uso das expressões “aglomerados urbanos excepcionais”, “setores especiais de aglomerados urbanos” e “aglomerados subnormais” como termo principal para descrever essas áreas.

A decisão de retorno ao termo “favelas e comunidades urbanas brasileiras” foi motivada, entre outros fatores, pela demanda dos próprios moradores dessas regiões. Segundo o IBGE, a associação do termo “favela” está ligada a uma reivindicação histórica por reconhecimento e identidade dos movimentos populares.

O instituto acrescentou o complemento “comunidades urbanas” devido ao fato de que, em muitas localidades, o termo “favela” não é o mais utilizado. Existem, por exemplo, áreas conhecidas como comunidades, quebradas, grotas, baixadas, alagados, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, loteamentos informais e vilas de malocas.

O Brasil abriga mais de 10 mil favelas e comunidades urbanas, onde residem 16,6 milhões de pessoas, correspondendo a 8% da população brasileira, de acordo com a prévia do Censo de 2022.

Kalyne Lima, presidente da Central Única das Favelas (CUFA Brasil), comenta sobre o reconhecimento das favelas pelo IBGE como um marco histórico para a população brasileira, destacando isso como um reconhecimento da existência, força e potência das favelas.

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