Ceará
Banco do Nordeste bate recorde histórico de crescimento do lucro líquido
Foram R$ 744,8 milhões de lucro líquido, representando uma alta de 223% comparado a igual período de 2018.
Com R$ 744,8 milhões nos cofres, o lucro líquido do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) cresceu 223% neste primeiro semestre ante igual período em 2018, quando registrou R$ 230,6 milhões. Foi o maior resultado da história da instituição para um semestre. Somente nos primeiros seis meses deste ano, foram R$ 18,8 bilhões em operações de crédito. Deste total de contratações, R$ 3 bilhões foram de empresas no Ceará. O balanço foi divulgado ontem, na sede da instituição, no Passaré.
Para Romildo Rolim, presidente do BNB, os números evidenciam a atuação no desenvolvimento regional. Questionado sobre a possibilidade de desidratação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), ele frisou que não há definição e que a instituição vai, a partir dos resultados, mostrar a sua importância para os negócios regionais.
“Todo o orçamento deste ano está sendo utilizado no setor produtivo e nós estamos acreditando fortemente que todos os recursos serão aplicados e vamos mostrar isso para o governo para poder mostrar que esses recursos estão sendo aplicados”, destacou.
Recentemente, o Ministério da Economia informou que planeja diminuir os repasses dos fundos constitucionais brasileiros para direcioná-los à educação. “Vamos ouvi-los e ver como ficam essas discussões posteriormente, mas não há nenhuma pauta e nada formalizado. Não conhecemos”, complementou.
Com alcance em 183 municípios cearenses, as operações do BNB no microcrédito totalizaram R$ 1,6 bilhão e R$ 1,39 bilhão aportaram o FNE. São os pequenos negócios (27%) que mais contratam empréstimos, atrás dos grandes (21%), mini (21%), médio (17%), pequeno-médio (10%) e micro (4%). Comércio e serviços lidera a busca pelo FNE, com 60%. Em seguida, aparecem pecuária (19%), indústria (14%), agricultura (5%). Já turismo e agroindústria demandam apenas 1% cada um. Além disso, R$ 982 milhões foram para o Semiárido.
Sobre 2019, Romildo acredita que o Banco do Nordeste fechará com R$ 38,7 bilhões investidos na economia regional, somando R$ 27,7 bilhões em recursos do FNE e R$ 11 bilhões destinados ao microcrédito urbano, por meio do Crediamigo.
Para Rodrigo Bourbon, superintendente estadual do BNB, o cenário macroeconômico – no qual o Brasil entrou em recessão técnica, com previsão de mais queda do Produto Interno do Bruto (PIB) – não deve afetar as operações bancárias. “A gente percebe o oposto, que o banco tem se colocado como opção, medida anticíclica, anticrise. A gente tem percebido que a demanda voltou. Não é a economia 100% esperada, mas o ânimo e a disposição de procurar o banco tem aumentado. A gente acredita que o ritmo do segundo semestre vai se manter”, avalia.
Via O Povo
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