Política
Ceará só perde para São Paulo e Minas em número de eleitores entre 16 e 17 anos
Pesquisa aponta redução no número de adolescentes em eleições gerais desde 2010, mas variação é menor em relação aos números de nível nacional. Estado só fica atrás, em números absolutos, dos dois maiores colégios eleitorais do Brasil.
O Ceará tem 112.340 adolescentes aptos para votar nas Eleições 2018, fazendo com que o Estado seja o terceiro do Brasil com o maior número de eleitores entre 16 e 17 anos. A pesquisa foi divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará. Desse número, 35.350 têm 16 anos e 76.960 têm 17 anos de idade.
São Paulo é o estado com mais eleitores adolescentes, com 172.308 pessoas. Minas Gerais vem logo depois, com 112.868 novos eleitores. A diferença de Minas para o Ceará é de apenas 528 adolescentes. O Ceará é o oitavo eleitorado brasileiro em números totais, com 6.344.483 cidadãos. São Paulo e Minas, por sua vez, têm os maiores colégios eleitorais do País. Proporcionalmente, o Ceará fica muito à frente deles.
A pesquisa aponta redução no número de adolescentes em eleções gerais desde 2010, mas essa variação é menor em relação aos números do País em 2010, 2014 e 2018. Para se ter uma ideia, a queda em 2010 de -1,70 % em relação aos -6,46 % do Brasil. A diferença é menor em 2018, com -13,69 % no Ceará contra -14,54 % no Brasil.
Para a socióloga Paula Vieira, pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídias (Lepem) da Universidade Federal do Ceará (UFC), o contato social e político do País influenciou a representatividade desses jovens.
“Existe um crescimento de pautas que estão conquistando e sendo debatidas nos espaços dos jovens”, diz citando o feminismo, racismo, legalização do aborto e porte de armas como exemplos. “São questões que vem sendo debatidas e, por conta das redes sociais, esse público se envolve mais nesse movimento”.
Ela destaca que cada vez mais os adolescentes formam opinião com as informações que circulam nas redes, como Facebook, Instagram, Twitter e, principalmente, YouTube. “Não é mais uma geração formada por TV. Youtubers têm sua própria programação, discutem pauta e estimulam a participação desses jovens”, aponta a professora.
Apesar de mais de 112 mil adolescentes estarem aptos para votar, este é o menor número em 20 anos. Eram pouco mais de 106 mil em 1998, comparando números das eleições gerais e municipais. O ano de 2004 foi o que registrou maior crescimento de eleitorado cearense, com 224.770 novos eleitores. O crescimento era de 74,30% em relação a 2002. Este ano, a queda é de 29,22% em relação a 2016, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O número é um recorte específico de eleitores de 16 e 17 anos, mas ela contrapõe que hoje a “ideia de juventude é mais ampla”, se estendendo até os 29 anos. Embora a faixa não aporte apenas novos eleitores. “É importante avaliar como esses eleitores se posicionam em relação a essa quantidade de pautas que eles recebem nas redes e como se informam para exercer o voto”.
O problema, segundo ela, é que esse mesmo público se deixa levar com facilidade pela informação rápida, que muitas vezes não se diferencia de um boletim de notícias da mídia tradicional. “Os candidatos têm se preocupado com esse público em rodas de conversa porque são eles que pautam as redes e estão mais atentos que sobre o que circula nessas mídias”.
Fonte: O Povo
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