Regional
Celebrações a São José acontece em várias cidades do interior cearense
Os católicos celebram até o próximo domingo (19), novenas em louvor a São José, padroeiro do Ceará. No Estado, 18 paróquias e centenas de capelas em localidades rurais festejam o Santo, que é de forte devoção popular. Para o sertanejo, a crença em torno do Santo se relaciona com a definição do inverno. Ele é padroeiro da Arquidiocese de Fortaleza, Aquiraz, Missão Velha, Potengi, Catarina, Granja, Ubajara, Itapipoca, Maracanaú, além das seguintes paróquias: Catedral de Iguatu; Ponta da Serra (São José Operário), distrito do Crato; no bairro Bela Vista, em Canindé; Édson Queiroz, Lagoa Redonda, Papicu, Passaré e Vila Pery, em Fortaleza; e no bairro Sumaré, em Sobral.
“Quando os anos ficam escassos de água e de chuva, aumentam as preces e o sertanejo fortalece a sua fé, apelando para São José. Essa devoção faz parte da nossa cultura, dos festejos religiosos populares, cuja tradição é mantida com a renovação da crença por meio das novas gerações que seguem o exemplo dos pais”, observa o monsenhor Queiroga, da diocese de Iguatu.
O sertão cearense enfrenta, desde 2012, seguidos anos de chuva abaixo da média e a atual quadra chuvosa permanece irregular, mas melhor, se comparada com 2016. As chuvas podem favorecer o plantio agrícola de sequeiro, mas têm sido insuficientes para a melhoria significativa do nível dos açudes.
Mediante a incerteza de um bom inverno, devotos de São José dirigem preces ao céu para que derrame água com abundância. São muitas as demonstrações de fé, de celebrações de novenário, de missas, procissões em louvor a São José nas cidades, nos distritos e nas vilas rurais dos municípios cearenses.
Monsenhor Afonso Queiroga separa a ocorrência de seca e de chuva da vontade dos santos e de Deus: “Há um forte sentimento de religiosidade popular entre os católicos, os sertanejos, que precisa ser compreendido e respeitado. Os mistérios de Deus, entretanto, são incompreensíveis e cada devoto carrega a sua fé, a sua experiência particular”.
Os agricultores mantêm a fé e se distanciam das explicações científicas. “Deus e São José não nos abandonam”, acredita a aposentada, Francisca Lima. Neste ano, as chuvas em Iguatu estão abaixo do esperado para o período, mas ainda assim favorecem o plantio de grãos. “A gente espera que a partir de agora a chuva venha mais forte”, diz o produtor rural José Alves.
A ciência desmistifica a crença sertaneja ao afirmar que a data (19 de março) nada tem relação com a quadra chuvosa. “Se chover nessa data não significa que haverá boas chuvas nos meses seguintes”, afirma o pesquisador da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídrico (Funceme), Raul Fritz.
Esse é o período em que os raios solares são mais intensos no Nordeste e, principalmente, no Ceará, por estar mais próximo da linha do Equador. O período marca o Equinócio, mudança de estação nos hemisférios. No Norte, inicia a primavera, e no Sul, o outono.
*Diário Centro Sul
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