Ceará
Cidade do Ceará teve nesta sexta-feira seu 322º tremor de terra do ano
Palhano, cidade da região do Baixo Jaguaribe a 158 km de Fortaleza, com cerca de 10 mil habitantes, está atualmente com uma singularidade dentro do território cearense. Na manhã desta sexta-feira, dia 8, às 7h14min, o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN) registrou mais um tremor de terra considerado de baixa magnitude no município: 1.8 grau na escala Richter.
O peculiar da história é que esta já foi a 322ª ocorrência no mapa do município anotado pelos aparelhos de monitoramento ligados à Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). Como comparativo, em todo o Ceará aconteceram somente mais 15 outros sismos em todo o Estado em 2020.
Essa grande sequência de abalos sísmicos no ano nem sequer estaria sendo notada no município, conforme relato do coordenador local da Defesa Civil, Otávio Simão Neto. Portanto, sem danos estruturais apontados. No dia 27 de abril, um outro equivalente, de 1.6 grau, também teria passado despercebido para a população de Palhano.
“Não houve comentário nenhum a respeito (sobre o de hoje). Tenho recebido os relatórios. Quando o pessoal sente mesmo, sempre fala. Teve um em novembro que foi percebido, mas desses outros ninguém tem falado nada”, informa Neto. O caso de novembro a que ele se refere chegou a 2.4 graus, às 12h42min do dia 3. Naquela mesma data foram apontadas pelo menos dez vibrações, uma outra delas às 12h33min com 2.3 graus.
O sismo desta sexta-feira, dia 8, o de número 322 na cidade, aconteceu na localidade Almas, a cerca de 8 km da sede municipal. Na comunidade, próxima à BR-116, ao lado da fazenda Marmouthier, residem cerca de 50 famílias. O tremor em Palhano chegou a ser captado por várias estações conectadas à Rede Sismográfica do Nordeste (RSisne). Foi muito rápido, durou dois segundos.
Foi o único caso do dia, até o final da manhã, segundo o geofísico Eduardo Menezes, do LabSis-UFRN. “É uma região que está sismicamente ativa. Existe uma falha geológica que está em processo de acomodação. É um fenômeno que ocorre naturalmente, mas numa escala de tempo que pode demorar centenas ou milhares de anos”, descreve.
Ele confirma que ainda é impossível prever qual será o momento de um novo tremor e se será menos ou mais intenso. Não há equipamento em nenhum lugar do mundo para detectar isso. A estação sismográfica de Palhano foi instalada no fim de 2019.
Há mais nove estações capturando as vibrações no solo. São seis fixas (Palhano,Cascavel, Morrinhos, Sobral, Pedra Branca e Mauriti) e quatro temporárias (Icapuí, Morada Nova, Caucaia e Barbalha). O registro é em tempo real.
Outras regiões do Estado, informa Menezes, também estão com atividades sísmicas sendo detectadas pela aparelhagem. “As regiões de Sobral, Palhano, Cascavel, Irauçuba, Quixeramobim, Santana do Acaraú, Hidrolândia, Massapê, Paramoti e Granja são áreas que sempre temos recorrência de tremores, consideradas sismicamentes ativas”, aponta o geofísico.
Fonte: O Povo
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