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Coligação acusa defesa de Roberto Filho de mentir à Justiça e apresenta provas de fraude eleitoral nas eleições de 2024 em Iguatu

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Iguatu, Ceará – 14/05/2025 – A coligação “Pra Mudar Iguatu” (PT, MDB, Republicanos, PP, Solidariedade) protocolou nesta quarta-feira (14) uma manifestação bomba no processo que pode levar à cassação do prefeito Roberto Filho (PSDB). O documento se refere à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024, e traz novos elementos explosivos: vídeos, conversas e provas de que a campanha usou um comitê paralelo e pagou cabos eleitorais por fora da contabilidade oficial.

Defesa acusada de mentir à Justiça

Um dos trechos mais duros da manifestação denuncia que os advogados da defesa apresentaram um documento tentando confundir o juízo, fazendo parecer que seria um laudo pericial da PF, quando, na verdade, trata-se de um mero relatório administrativo assinado por agente sem competência técnica pericial.

“Convenientemente, a ilação travestida de assertiva deu causa a Inverdade processual gravíssima. Os Investigados fazem referência a documento que NÃO É ‘LAUDO PERICIAL’ e que não se refere aos celulares de ‘Thiago Fumaça’”, afirma a petição da coligação.

A acusação sustenta que a estratégia da defesa foi enganar o juiz ao chamar de “laudo” um documento que não tem valor técnico, nem foi produzido por perito criminal, o que pode configurar litigância de má-fé.

Relatórios da Inteligência da Polícia Civil mostram atuação clandestina da campanha

A peça também destaca que conversas extraídas pelos relatórios da Inteligência da Polícia Civil do Ceará revelam que a advogada Márcia Teixeira, que atuava como coordenadora informal da campanha, negociava diretamente com o operador conhecido como “Thiago Fumaça”, responsável por montar equipes de militância e propaganda política em troca de pagamento em dinheiro vivo ou por meio de transferências via PIX.

Trechos das conversas incluem:

Márcia Teixeira: “Consegue montar uma turma de 20 pessoas pra amanhã?”
Thiago Fumaça: “Consigo sim, mas tem que ser dinheiro na mão. Tá todo mundo pedindo adiantado.”
Márcia: “Pode deixar. Te mando os nomes e os bairros que precisam cobrir.”

Outro trecho revela transferência de R$ 10 mil para custear os serviços de campanha, supostamente fora da contabilidade oficial:

Thiago: “Já fiz o PIX pra três. Faltam sete. O resto vou pagar em espécie amanhã.”
Márcia: “Beleza. Só cuida pra não postar nada com camisa. Discrição total.”

Além disso, os relatórios mostram que o escritório de advocacia de Márcia Teixeira funcionava como um comitê de campanha disfarçado, frequentado pelo próprio Roberto Filho, por sua esposa e por diversos aliados políticos.

“A intimidade do então candidato Roberto Filho com o comitê de campanha (escritório da Dra. Márcia) levou a, em ao menos uma ocasião, levar sua esposa ao ambiente de campanha”, reforça a acusação.

Coligação pede novas perícias e convocação de testemunhas

A coligação pediu ao juiz eleitoral que:

  1. Separe os vídeos extraídos dos equipamentos apreendidos em CD ou pen-drive;
  2. Solicite à Polícia Federal que informe se ainda tentará recuperar os dados do celular de Márcia Teixeira;
  3. E que duas pessoas que aparecem nos vídeos sejam chamadas para prestar depoimento ao juiz, são elas:
    • Francisco Laelton, coordenador da campanha e atual secretário de Administração
    • Anderson Teixeira, também coordenador de campanha

No meio jurídico, esse depoimento é chamado de oitiva de testemunhas — basicamente, o momento em que o juiz escuta o que essas pessoas têm a dizer sobre o caso.

Petição – Manifestação – Documentos PF

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