Brasil
Delegado que chefiou caso: ‘Bruno tem medo de entregar o Bola’
[caption id="attachment_1307" align="alignleft" width="700"]Delegado Edson Moreira, que chefiou as investigações na época do crime, acredita que Bruno deve confessar (Foto:Divulgação)[/caption]O delegado que chefiou as investigações sobre o desaparecimento e a morte de Eliza Samudio disse nesta terça-feira que o goleiro Bruno não tem outra alternativa a não ser “confessar totalmente” os crimes. “Para isso, entregando o Bola. Ele tem medo de entregar o Bola porque o Bola vai ter que contar onde está o corpo e aí acabou”, afirmou Edson Moreira, atualmente vereador pelo PTN em Belo Horizonte, antes do início do segundo dia de julgamento do ex-atleta do Flamengo e sua ex-mulher, Dayanne do Carmo.
O delegado que chefiou as investigações sobre o desaparecimento e a morte de Eliza Samudio disse nesta terça-feira que o goleiro Bruno não tem outra alternativa a não ser “confessar totalmente” os crimes. “Para isso, entregando o Bola. Ele tem medo de entregar o Bola porque o Bola vai ter que contar onde está o corpo e aí acabou”, afirmou Edson Moreira, atualmente vereador pelo PTN em Belo Horizonte, antes do início do segundo dia de julgamento do ex-atleta do Flamengo e sua ex-mulher, Dayanne do Carmo.
Em frente ao Fórum de Contagem, onde ocorre o júri popular, Moreira explicou por que José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, não foi indiciado. Segundo Jailson de Oliveira, uma das testemunhas que devem ser ouvidas hoje, o policial aposentado teria participado do crime. “Na época, não havia elementos suficientes. O nome dele (Zezé) surgiu só no final. Então, o Ministério Público entendeu que, devido ao tumulto que se tornou a investigação, achou por bem não indiciá-lo naquele momento, mas agora é a época correta devido à quebra de sigilo bancário e telefônico que mostrou todo o compromentimento dele com o Macarrão e o Bola”, explicou o delegado.
Zezé chegou a ser investigado em 2010, mas não foi indiciado. Moreira disse que, pelo conhecimento que tem do processo, acredita que o policial aposentado participou da morte de Eliza. “Não só participou do planejamento, como também na execução e no sumiço do corpo”, garantiu.
O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.
Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.
No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime.
No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão.
Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado.
No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.
Fonte: noticias.terra.com.br
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