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DIREITO E CIDADANIA: O QUE ESPERAR DA CAMPANHA ELEITORAL
Com a recente abertura da campanha eleitoral e o debate promovido por uma instituição de ensino da cidade, com transmissão em diversos canais de comunicação e nos meios virtuais, permitiu-se conhecer, em uma primeira amostra, muito mais do que os próprios candidatos, o que será a disputa política em Iguatu.
O debate, como todos deveriam saber, tem por objetivo aproximar o eleitor do plano de governo, propostas e, em especial, dos “propósitos” de cada candidato e se saber o que pode cada um trazer de positivo para o interesse público. Assim, é uma oportunidade do eleitor se apropriar de informações que vão lhe permitir decidir sobre quem escolher para a gestão pública municipal, exercendo, o mais livremente possível – em tese, o direito constitucional do voto cidadão.
Bem ou mal, o debate ocorrido deu a ver um pouco desse real objetivo, mas, infelizmente, trouxe uma marca de preocupação quanto aos rumos que poderá tomar essa campanha eleitoral. Assim o digo pelo fato de que, como vem ocorrendo de forma escalonada em campanhas passadas, estabeleceu-se um clima de beligerância, ou seja, “de guerra” e confrontos pessoais entre alguns candidatos, o que, aliado à formação de claques na parte externa do local do debate, ao modo de torcidas organizadas, obscurece a visão real do que tem a apresentar cada candidato, ao menos para os que ali se apresentaram com algo de propositivo, o que se resumiu a um ou outro candidato apenas.
Sem paixões ou preferências, ficou evidente um certo jogo de vaidades, despreparo e teatralidade de parte de alguns dos debatedores, o que insufla mais ainda os ânimos do eleitorado nas ruas e cria o tal clima de confronto, tão indesejado quanto maléfico aos interesses da população. Tais posturas, Senhores, são o que levam o eleitor, pela emoção, a escolhas que causam – e vêm causando – tanto mal à cidade como um todo, ressalvados, por óbvio, os escolhidos do poderoso de plantão a cada gestão que se sucede.
Esperemos, portanto, o decorrer das próximas oportunidades para sabermos se a campanha tenderá a ser mais propositiva e esclarecedora, o que é o ideal para o bem comum, ou se teremos uma disputa ao modo de jogo de futebol, com torcidas organizadas, de lado a lado, se confrontando pelo escolhido da vez, no afã de fazer valer os interesses que, infelizmente, são muito mais daqueles que se apresentam e de seus aliados e familiares historicamente favorecidos no campo político, muito mais do que do próprio interesse do povo que os elege.
Romualdo Lima.
Procurador Federal
Ex-Conselheiro estadual da OAB/CE
Conselheiro vitalício do Conselho da OAB – Subseção Iguatu
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