DOAÇÃO DE SANGUE: Você sabe se pode ou não?

Saber se pode ou não doar sangue é uma dúvida frequente entre a população brasileira. Além de não fazer mal, o gesto é solidário e pode salvar vidas. Os critérios essenciais para alguém que queira ser um doador de sangue são: ser saudável, ter entre 16 e 67 anos e pesar mais de 50 quilos. Entretanto, existem restrições quanto a algumas doenças e medicamentos que a pessoa esteja tomando. Nos casos de câncer, só pode doar a pessoa que teve câncer de pele. Em qualquer outro tipo da doença não é permitido doar, assim como pessoas com doenças cardiovasculares, doença de chagas e doença renal crônica. Se você teve hepatite viral após os 11 anos de idade, também não pode doar.Quem teve caxumba, conjuntivite e dengue pode doar, mas precisa dar um intervalo entre a cura da doença e a doação. No caso dos medicamentos, são impedidas de doar pessoas que tomam remédios para pressão, que agem no sistema nervoso central. Além disso, pessoas que tomam remédio para acne, psoríase, próstata e calvície também não podem doar. Se por algum desses motivos você está entre os que não podem doar sangue, o ideal é tentar incentivar outras pessoas a se tornarem doadores. Como explica a consultora em hemoterapia do Ministério da Saúde, Priscila Murador.

“A gente quer doação de pessoas saudáveis. Mas eu quero muito ajudar, mas eu tive uma doença que me impede. Se você não pode doar, faça campanha, fale com um amigo, com um colega, sensibilize outra pessoa. Você não pode doar, mas você pode sensibilizar outra pessoa a doar no seu lugar.”

Antes de coletar o sangue, o hemocentro submete o doador a exames para diversas doenças como aids, sífilis, doença de Chagas, hepatites, além de tipagem sanguínea. Os testes são feitos através de uma gota do sangue retirada da ponta do dedo. O resultado sai em 30 minutos e não havendo nenhum problema, a doação pode ser realizada. O teste é tão confiável quanto o exame rotineiro feito em laboratório, porém mais prático e ágil. Algumas pessoas aproveitam para doar sangue para saber se têm alguma doença, o que pode ser perigoso, como explica a consultora em hemoterapia do Ministério da Saúde, Priscila Murador.

“É importante frisar que hoje em dia muitas pessoas ainda doam sangue simplesmente para ter os resultados dos exames. Isso é um grande problema para todos nós, principalmente para o pessoal do serviço de laboratório e para as transfusões em si. Por quê? Se cair em uma janela imunológica essa pessoa pode ser contaminada. Então a conscientização dos doadores para eles procurarem laboratórios do Fique Sabendo é importante porque lá eles vão ficar realmente sabendo se apresentam algum tipo de doença, no caso de HIV e hepatite e esse sangue não vai ser transfundido. Então, a importância do teste rápido e da conscientização das pessoas com relação a esse tipo de teste.”

O Fique Sabendo é uma mobilização do Ministério de Saúde de incentivo ao teste de aids para conscientizar a população sobre a importância da realização do exame e diminuir cada vez mais o preconceito em relação ao HIV/aids.

*Agência do Rádio