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Droga experimental pode reverter problemas na memória causados pelo envelhecimento, aponta estudo
Um estudo realizado em camundongos idosos pela Universidade de San Francisco, na Califórnia, com a utilização de uma droga experimental, conseguiu reverter problemas de memória relacionados à idade.
O estudo publicado nesta terça-feira (1) no jornal eLife Sciences, mostra que a droga pode oferecer uma rápida restauração das habilidades cognitivas – manifestadas durante a juventude – nos animais idosos, seguida de um rejuvenescimento do cérebro e das células imunológicas.
Para os pesquisadores, o efeito a curto prazo aponta que as perdas cognitivas relacionadas à idade podem ser causadas por uma espécie de bloqueio fisiológico reversível, em vez de uma degradação permanente.
O estudo conclui que o cérebro envelhecido bloqueia recursos cognitivos por um possível ciclo vicioso de estresse celular. Segundo Peter Walter, coordenador do levantamento e professor do Departamento de Bioquímica e Biofísica. Em um comunicado da universidade, ele informou que o estudo encontrou uma maneira de quebrar o ciclo e restaurar as habilidades do cérebro bloqueadas pela idade.
A droga chamada de ISRIB, já foi utilizada em estudos anteriores para restaurar a função da memória, meses após o traumatismo cranioencefálico (TCE) — causado por uma agressão ou por uma aceleração, ou desaceleração de alta intensidade do cérebro no crânio –, reverter deficiências cognitivas na síndrome de Down, prevenir perda auditiva relacionada ao ruído, combater tipos de câncer de próstata e melhorar a cognição em animais saudáveis.
Como foi feito o estudo?
Para a realização do estudo, os pesquisadores treinaram os animais idosos para escaparem de um labirinto aquático, por meio de uma plataforma oculta. Uma tarefa com um nível de dificuldade maior para animais mais velhos.
Os animais que receberam uma pequena quantidade de doses diárias de ISRIB, durante o processo de treinamento de três dias, foram capazes de realizar a tarefa tão bem quanto os camundongos jovens e relativamente melhor do que aqueles que tinham a mesma idade e não receberam a droga.
Os pesquisadores analisaram quanto tempo durou o rejuvenescimento cognitivo e se ele poderia afetar outras habilidades.
Aumento da função neural
Semanas após o tratamento inicial com ISRIB, os mesmos animais foram treinados para realizar um teste de flexibilidade mental, que consistia em encontrar um caminho para sair de um outro labirinto cuja saída mudava diariamente.
Os camundongos que receberam um breve tratamento com ISRIB três semanas antes, ainda tiveram o mesmo desempenho que os mais jovens, enquanto os camundongos não tratados continuaram com as mesmas dificuldades apresentadas anteriormente.
Alterações nas funções das células T
Os pesquisadores descobriram que a droga também proporcionou alterações nas células T do sistema imunológico, indicando que a ISRIB pode ter implicações para doenças de Alzheimer e diabetes, que têm sido associadas ao aumento da inflamação causada por um sistema imunológico em envelhecimento.
As células T, ou linfócitos T, têm como principal objetivo identificar e matar patógenos ou células infectadas. Elas fazem isso usando proteínas em sua superfície, que se ligam a proteínas na superfície dos “invasores”.
Como as células T podem permanecer no sangue por anos após uma infecção, elas também contribuem para a chamada “memória de longo prazo” do sistema imunológico e permitem uma resposta mais rápida e eficaz quando há nova exposição a um antigo inimigo.
Cada linfócito T é altamente específico — existem trilhões de versões possíveis dessas proteínas na superfície, que podem reconhecer alvos diferentes.
Impacto na função cerebral
Para entender os impactos da droga na função cerebral, os cientistas analisaram a atividade e a anatomia das células no hipocampo – local do cérebro com papel fundamental no aprendizado e na memória – um dia depois de dar aos animais uma dose da droga.
As assinaturas comuns do envelhecimento neural, registradas no hipocampo, desapareceram nos animais que receberam a ingestão de ISRIB.
Os camundongos também apresentaram:
Atividade elétrica dos neurônios mais ágil e responsiva à estimulação
Células com maior conectividade e mais resistente com as células ao seu redor, enquanto mostravam a capacidade de formar conexões estáveis umas com as outras, atividade registrada apenas em animais mais novos.
Como próximo passo, os pesquisadores querem investigar a durabilidade dos benefícios cognitivos do ISRIB.
Fonte: G1
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