Mundo
Em meio a polêmicas, Donald Trump assume presidência dos EUA com maior rejeição em 40 anos
Sem experiência na carreira política, Trump tem o desafio de unir os EUA depois de uma eleição polarizada.
Os próximos quatro anos da política dos Estados Unidos certamente serão polêmicos e toda essa mudança acontece hoje (20), quando o empresário Donald John Trump assumir o cargo de presidente do país. Nascido no Queens, um dos cinco distritos de Nova York, Trump chega a Casa Branca com uma vasta experiência no mundo dos negócios, mas sem qualquer participação relevante na política americana até então.
Foi no mundo dos negócios onde Trump atuou com relevância e fez seu nome. Em 1968, se tornou bacharel em economia da Wharton School da Universidade da Pensilvânia. Alguns anos depois, ele já estava no controle da empresa de imóveis e construção de seu pai, Elizabeth Trump & Son – que passou a ser chamada The Trump Organization. Além da carreira bem sucedida no ramo de imóveis e construção, o republicano foi dono do concurso de beleza Miss USA e Miss Universo e também apresentou o programa de TV “The Apprentice”, entre os anos de 2004 e 2015. Atualmente, ele é casado com a modelo eslovena Melania Trump.
A vitória de Trump durante as eleições do ano passado foi uma surpresa para analistas e imprensa em geral. Durante a maior parte da corrida presidencial, o republicano ficou atrás de Hillary Clinton, candidata pelo Partido Democrata, nas pesquisas eleitorais. Dono de uma fortuna líquida avaliada em UR$ 3,7 bilhões, segundo a revista Forbes, o governo de Trump promete ser tão polêmico quanto sua campanha nas eleições.
Foi no dia 9 de novembro que chegou ao fim o embate de Trump e Clinton nas urnas americanas. Ele ganhou a presidência com 306 votos de delegados do colégio eleitoral, uma grande vantagem em relação aos 232 recebidos por Clinton. Por outro lado, o republicano obteve 2,8 milhões de votos a menos que sua oponente – se tornando a maior derrota nas urnas de um presidente eleito na história do país. Em seu discurso de vitória, no Hotel Hilton, Trump prometeu ser um presidente “para todos os americanos”. “Trabalhando juntos, vamos começar a tarefa urgente de reunir nossa nação”, afirmou.
Suas propostas polêmicas também têm deixado os americanos na expectativa. E uma pesquisa publicada pela ABC News e Washington Post mostra que o presidente vai ter que superar uma barreira de descrença que tomou conta dos Estados Unidos após sua eleição. Apenas 40% dos entrevistados está de acordo com a forma como Trump tem lidado em seu período de transição – valor muito abaixo dos 80% que Obama registrou em sua primeira vitória. Sua taxa de popularidade, de apenas 40%, é a mais baixa de um presidente americano desde 1977. Os dados mostram ainda que 61% dos inqueridos tem pouca confiança que ele tomará as decisões certas e 52% acredita que o empresário não está qualificado para a posição que assume hoje.
A pesquisa divulgada pelas duas publicações é reforçada por uma sondagem semelhante realizada pela CNN/ORC. A pesquisa afirma que 40% dos americanos acredita que a conduta adotada pelo presidente durante as eleições gerou pouca confiança quanto a sua competência para exercer a função de presidente. As sondagens, porém, apenas aumentaram o desgaste que Trump vem demonstrando em relação a imprensa dos Estados Unidos. Em seu perfil no Twitter, o presidente eleito disse que “as mesmas pessoas que fizeram sondagens falsas nas eleições, e que estavam tão erradas, estão agora a fazer sondagens de popularidade. Estão falsificadas, como antes”.
Ministérios
A primeira polêmica concreta desde que Trump venceu as eleições foi o anúncio da nova composição do ministério dos Estados Unidos. Durante sua campanha eleitoral, o republicano prometeu a seus seguidores que iria secar o pântano em Washington. Porém, a maioria dos membros escolhido pelo presidente ratifica os maiores medos dos eleitores democratas.
A Agência de Proteção Ambiental será comandada pelo secretário de justiça de Oklahoma, Scott Pruitt, conhecido como melhor amigo da indústria de petróleo. O estrategista-chefe do governo será Stephen Bannon, que comandava o “Breitbart News”, famoso por manchetes como: “Você prefere que sua filha contraia feminismo ou câncer?”. Betsy DeVos cuidará da pasta da Educação. Devos, inclusive, já chegou a defender armas nas escolas, alegando que seria importante para combater ursos.
No Trabalho o comando será de Andrew Puzder, empresário que se opõe ao aumento do salário mínimo. Já Jeff Sessions deverá ir para o ministério da Justiça, com um histórico de criticar a imigração (legal ou ilegal) e brincar que membros do KKK seriam “OK” caso não fumassem maconha. A pasta da Saúde será cuidada pelo cirurgião ortopédico Tom Price, que passou anos lutando contra regulamentações do governo sobre a atuação dos médicos, além de se opôr à expansão do seguro de saúde do governo para crianças. Assim, os principais departamentos do governo de Trump serão bilionários conhecidos do presidente eleito.
México e combate à imigração
Uma de suas propostas mais popular do republicano entre os americanos foi a postura firme contra a entrada de imigrantes nos Estados Unidos que ele prometeu adotar caso eleito. Uma delas tem relação com o México e a promessa de construir um muro na fronteira com o país, que pode chegar a até 25 bilhões de dólares. E, de acordo com o republicano, o México deverá custear a construção do muro ou reembolsar os EUA pelo o que for gasto nesta construção. Mas o presidente mexicano, Enrique Peña Nieta, já afirmou que não pagará pelo muro. “É evidente que temos algumas diferenças com o próximo governo dos Estados Unidos, como o tema de um muro pelo qual, obviamente, o México não pagará”, disse.
Fonte: Correio 24 horas
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