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Equipe do ‘Nas Garras da Patrulha’ repercute a morte de Tom Veiga, pai do personagem Louro José
Durante 25 anos, o Louro José trouxe alegria às manhãs dos brasileiros. Durante essa jornada, ao lado da apresentadora Ana Maria Braga, o simpático personagem interagia com seu humor peculiar. Contava piadas, interagia com os convidados e era parceiro de Ana na produção das deliciosas receitas.
Fenômeno com a criançada, Louro gravou até disco e seus bonecos tornaram-se uma febre. Dos mais populares (feitos de espuma), vendidos nas ruas de Fortaleza, aos mais incrementados das lojas especializadas.
O ator Tom Veiga era quem dava vida ao Louro José. Ainda mais complexo, Veiga construiu toda uma personalidade e características que fizeram do simpático boneco um sucesso de audiência. Com a morte de manipulador e dono da voz original perdemos também o famoso personagem.
No território do humor, os bonecos dominam e são populares no Ceará. A arte de contar histórias com esses amigos é uma tradição do “Nas Garras da Patrulha”. Pensando originalmente para o rádio, o programa migrou para as telinhas de todo o Brasil.
As esquetes do humorístico que eram interpretadas nos estúdios da Rádio Verdes Mares ganharam a parceria dos bonecos. Integrante do programa, o ator e humorista Cléber Fernandes comenta a precoce partida de Tom Veiga.
“No caso dele é um pouco diferente do nosso, pois ele manipula e faz a voz. No ‘Garras’ temos uma química, fazemos as vozes (junto do Ery e do Djacir Oliveira) com redação de Cícero Paulo. Somos uma família os amigos que manipulam os bonecos tem essa habilidade de trabalhar com outras vozes”, descreve o integrante que encarna Chico Pezão, Danduska Tsunami, entre outras figuras populares.
Ery Soares é pai do atrapalhado e querido Tizil. O humorista do “Garras” divide que Tom Veiga é uma referência na área e prova a força do humor em várias vertentes. “Tem o humor de cara limpa (que eu faço nos shows), o do rádio e dos bonecos que fazemos na TV. Isso mexe muito com a imaginação das pessoas”, descreve.
Criação
Soares detalha que para cair no gosto popular, é preciso acertar no personagem, no bordão, voz e no modo como este personagem fala. “Tom juntou a voz que era muito legal e o carisma do personagem. Uniu a imagem do papagaio que todos gostam. Tornou-se um ícone, aquela figura querida por crianças e adultos. Isso mexe com a imaginação. Todos querem saber quem está por trás”, completa.
Já Cléber pontua que os bonecos são amados na TV por atrair crianças e adultos. “Criar é como se fosse o nascimento de um filho. Cada personagem é baseado em pessoas que existem. Quando o personagem é criado e ele dá certo, é uma consagração e realização de um trabalho”, destaca o humorista.
A fantasia é uma ponte de alegria e comunicação e o trabalho de Tom Veiga e seu Louro José seguem um referencial, compartilha Ery Soares. “É a magia, as pessoas precisam do encanto, da leveza e do riso fácil. O humor nunca passa. Tom Veiga e o Louro foram importantes para várias gerações. Crianças cresceram vendo ele. Isso é magnífico”.
Tradição
O papagaio amigo de Ana Maria Braga integra uma tradição da linguagem televisiva não só do Brasil. A interação em cena de apresentadores e atores com bonecos é um diferencial ao longo das décadas no audiovisual. Dos Estados Unidos, temos um exemplo clássico que foi o trabalho desenvolvido por Jim Henson (1936-1990).
Referência na área, Henson é criador dos bonecos Muppets. Para se ter uma ideia da importância do artista, veio da mente dele um dos programas mais queridos entre os brasileiros. A “Vila Sésamo” foi uma adaptação de “Sesame Street”, atração desenvolvida por Henson.
O televisivo infantil foi exibido originalmente na década de 1970 pela Rede Globo. A versão nacional chegou à TV por intermédio de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni). Com o passar dos anos, outros cativantes bonecos invadiram a grade da programação.
Fonte: Diário do Nordeste
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