Brasil
Justiça ouve mais quatro réus do caso Amarildo
No total, sete réus do processo, incluindo o ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade major Edson Santos, foram ouvidos.
Na audiência de ontem, o soldado Marlon Campos disse que participou da ação que resultou na abordagem de Amarildo de Souza e que levou o ajudante de pedreiro, juntamente com mais sete policiais, para o centro de comando e controle da UPP da Rocinha.
Ele contou que, depois de algum tempo, que deixou o centro de comando e controle, entrou em uma viatura junto com Amarildo e com o soldado Douglas Vital. No depoimento, Marlon diz que os três foram até a sede da UPP. Depois de uma rápida conferência de documentos, Amarildo teria sido liberado pelo major Edson Santos e deixado a base, a pé. Com isso, Marlon negou que o morador da favela tenha sido torturado e morto na sede da UPP, como afirma o Ministério Público.
Outros réus no processo, os soldados Jorge Luiz Gonçalves Coelho e Victor Vinicius Pereira da Silva, também disseram ter participado da ação que resultou na abordagem de Amarildo. Os dois contaram que acompanharam os companheiros Marlon e Vital até o centro de comando e controle, mas como não havia vaga no carro da polícia, eles não puderam acompanhá-los junto com Amarildo até a base da UPP.
Os dois só teriam conseguido chegar à base da UPP 20 minutos depois. A essa hora, os dois lembram que não encontraram mais Amarildo no local e que foram informados que o ajudante de pedreiro já havia sido liberado porque não encontraram nada contra ele.
O último depoimento do dia, do sargento Jairo da Conceição Ribas, não foi acompanhado pela Agência Brasil e teve as informações repassadas pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ). Segundo o TJ, Ribas negou as acusações que lhe foram atribuídas pela denúncia do Ministério Público.