Regional
Moradores do sítio Tamboril no entorno do açude Trussu sofrem com falta de água potável
A redução no volume hídrico do açude Dr. Carlos Roberto Costa, o Trussu, afeta a qualidade da água e dificulta também o acesso até mesmo para comunidades ribeirinhas, que antes tinham água praticamente na porta, como a Agrovila Tamboril, na região que faz divisa entre Iguatu e Acopiara.
O agricultor Roberto Flávio Souza tinha plantando no quintal da casa dele um pomar, com variedade de frutas: coco, acerola, laranja, siriguela e manga, mas praticamente tudo morreu. “Resta apenas um pé de caju. Até os pés de coco, que são resistentes, morreram. Aqui era muito bonito, bem diferente de hoje, estamos sem nada. O quintal tinha vida, mas por falta d’água morreram”, lamenta, o morador da Agrovila Tamboril.
A comunidade fica às margens do açude o Trussu, mas devido à seca nos últimos anos, o acesso à água até para quem tinha bem perto de casa está cada vez mais difícil. O pouco de água na cisterna da casa do pescador Ailton Brito é captado do açude, que está a quase 2 km de distância. “Aqui a gente tinha água na porta. Hoje pra ter tenho que levar o motor até o açude, puxar uma extensão e ligar a bomba que enche a cisterna, mas a gente vê aí água sem qualidade. Antes a gente bebia do açude de tão boa que era. Era
limpa demais! Agora só serve pra cuidar da casa. Pra gente beber tem que comprar o galão”, explica o pescador, ressaltando também que a pesca de onde tira o sustento da família está bem difícil.
Demora do carro-pipa
As cisternas não pegaram recarga de água durante o inverno. Dos 16 reservatórios da comunidade, muito mais da metade estão vazios. “A situação é essa aqui. Quem ainda tem um motor mesmo com dificuldade ainda consegue puxar água do açude. Quem
não tem fica à espera do carro-pipa que demora e não atende todo mundo. Abastece só umas e outras não. Seria bom que viesse com mais f requência pra cá”, cobra Francisco Cabral, presidente da Associação de Moradores do Tamboril.
Ainda segundo Francisco Cabral, a comunidade atualmente depende do abastecimento por carro-pipa. Mas diante dessa situação, cobra a perfuração de um poço profundo, que já foi marcado há mais de três meses, o que amenizaria a escassez de água para as 19 famílias do sítio. “Foram perfurados dois poços, um não deu água, o outro foi bem pouca a vazão, mas também que não atende. Foi apontado que outro local daria água, mas ainda não foi perfurado. Cobramos isso: que o município olhe hoje pra gente!”, reclama.
Abastecimento assegurado
De acordo com Edmilson Rodrigues, secretário de Agricultura e Pecuária de Iguatu, o abastecimento da comunidade está assegurado. Ainda segundo o gestor, por conta da demanda de solicitações, a Defesa Civil de Iguatu tem dificuldades, pois está apenas com dois veículos para atender a comunidade, assim como as outras que também dependem do carro-pipa. Em relação à perfuração de poços na localidade, o secretário explicou ainda que já foram feitos vários estudos e sondagens na Agrovila, mas que os
resultados não são satisfatórios pelo difícil acesso à água no lençol freático e que, mesmo assim, a comunidade não deixará de ser atendida.
Fonte: Diário Centro Sul
-
Iguatu2 semanas atrásIguatu regulariza R$ 1,63 milhão em consignados não repassados à Caixa e greve é suspensa após acordo mediado pelo TJCE
-
Iguatu2 semanas atrásGoverno do Ceará lança programa “Dinheiro na Mão” com R$ 300 milhões em crédito popular sem juros
-
Noticias2 semanas atrásBebês prematuros participam de ensaio fotográfico de Natal em UTI no Pará e emocionam famílias: “trouxe paz ao coração”, diz mãe
-
Ceará2 semanas atrásEnel Ceará recebe multa de quase R$ 20 milhões por falhas no atendimento
-
Ceará2 semanas atrásVereadores de Fortaleza aprovam regras para motociclistas por app e desconto no IPVA
-
Iguatu2 semanas atrásVereadores denunciam omissão do Executivo sobre emendas impositivas; oposição pede Justiça e rebate fake news
-
Ceará2 semanas atrásObra do Anel Viário sofre nova paralisação na Grande Fortaleza
-
Noticias2 semanas atrásGoverno confirma salário mínimo de R$ 1.621 em 2026

