Entretenimento
Netflix compra direitos dos quadrinhos de Rob Liefield, criador do Deadpool
Depois de popularizar os “heróis de rua” da Marvel Comics e de se apoderar da propriedade intelectual Millarverse, de Mark Millar (“Kick-Ass”), a Netflix mira mais um artista de quadrinhos: o controverso Rob Liefield, famoso por “criações” nada originais, a exemplo de Deadpool, e por algumas fases, digamos, “polêmicas” — para não dizer ruins.
O acordo, com cifra milionária não divulgada, envolve os personagens do Extreme Universe, publicados em várias revistas da Image Comics, Maximum Press e Awesome Comics nos anos 90 e 2000. Entre eles estão Brigade, Bloodstrike, Cybrid, Lethal, Re-Gex, Bloodwulf, Battlestone, Avengelyne e outros “cascas-grossas” análogos dos ícones da Liga da Justiça, Vingadores e X-Men.
Alguns nomes que fizeram relativo maior sucesso, como Badrock, Youngblood, Glory e Supreme, ficaram de fora dos comentários, então não há detalhes se eles participam do pacote, que será desenvolvido para o serviço de streaming via Fundamental Films e o produtor Akiva Goldsman.

“O que a Akiva Goldsman conseguiu com sua criação e narrativa em todos os meios dessa nossa indústria vai beneficiar meus personagens Extreme. Ele é um fanático por quadrinhos e trabalhar com ele na adaptação do Extreme Universe tem sido intenso. Seu trabalho estelar no Star Trek Discovery surpreendeu os fãs e confie em mim quando eu digo que os Novos Titãs que ele vem produzindo vai surpreender os fãs. Não posso esperar para mostrar ao mundo o que temos”, celebrou Liefield, segundo o Comic Book Resources.
Ainda não há data de início das gravações e nem mesmo previsão de lançamento.
Rob Liefield, amado e odiado
O criador de Deadpool explodiu no cenário decadente do mercado dos super-heróis nos anos 90: foi nessa década que o Superman, o Arqueiro Verde e o Lanterna Verde Hal Jordan morreram; o Batman ficou paraplégico, o Wolverine perdeu o adamantium e o nariz (!), o Homem-Aranha ganhou vários clones… enfim, as boas ideias pareciam ter esgotado e a Marvel Comics chegou a decretar falência — o que a levou a vender os direitos de vários de seus personagens para estúdios de cinema, antes do boom das adaptações a partir dos anos 2000.
Nesse período, as editoras preferiram investir em blockbusters no estilo Michael Bay, com pouco roteiro e muita ação com beleza plástica. E nesse quesito Rob Liefield entregava bem seu material, especialmente via X-Force, uma espécie de X-Men extremos, com a liderança de um soldado, batizado de Cable.

Anos depois, já alçado ao status de superstar nos quadrinhos, Liefield impôs um estilo sem alma e pasteurizado, que virou até motivo de piada por conta de sua incapacidade de desenhar figuras e cenários verossímeis, com erros grotescos de perspectiva e na anatomia das mãos, braços, peitoral e os sempre ausentes pés.

Depois de sair da Marvel e da Image, ele passou um tempo sumido e até promoveu o encontro bíblico de Jesus Cristo contra Zeus. É sério:

O retorno carismático
Mas… ao longo do tempo, Liefield vem se tornando uma figura carismática. Mesmo apanhando muito do público, ele raramente respondeu com agressividade e em muitos casos passou a rir de si mesmo. Voltou a ser relevante com o sucesso de Deadpool e publicou trabalhos mais consistentes (para seus padrões) nos últimos anos — inclusive vem tocando projetos com a Marvel e fazendo capas.
Além disso, é preciso reconhecer que sua atitude e dos colegas Jim Lee, Marc Silvestri, Erik Larsen, Jim Valentino, Todd McFarlane e Whilce Portaccio ao fundar a Image Comics nos anos 90 pode ser considerada uma das maiores respostas dos autores contra regras agressivas de trabalho de majors como a Marvel e DC em toda a história da indústria dos quadrinhos.

Então, amado ou odiado, Liefield parece ter voltado para ficar. Queira ou não, Deadpool e Cable estarão lado a lado em “Deadpool 2” e seus extremos super-heróis vão povoar a Netflix em breve.
Fonte: Tecmundo
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