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OMS alerta para a escassez global de antídotos contra picadas de cobra; saiba mais

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Complicações decorrentes de picadas de cobras peçonhentas causam a morte de aproximadamente 138 mil pessoas por ano, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta terça-feira (17), a OMS emitiu um alerta sobre a escassez global de antídotos para picadas de serpentes venenosas.

A organização está preocupada com o aumento das inundações, provocadas pelas mudanças climáticas, em diversos países com acesso limitado a esses antídotos. Esse fenômeno meteorológico aumenta o número de acidentes com serpentes, conforme explica David Williams, especialista em picadas de cobra da OMS. As informações são do jornal O Globo, com dados da AFP.

Em uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, o representante da OMS destacou que a Nigéria enfrenta atualmente uma escassez crítica de antídotos devido ao aumento de casos de picadas de cobra causados por enchentes. A OMS também alertou que as mudanças climáticas podem alterar a distribuição e a abundância de cobras venenosas, possivelmente expondo países anteriormente não afetados aos perigos. A OMS estima que 2,7 milhões de pessoas são picadas por serpentes venenosas anualmente. Destas, cerca de 5,11% morrem devido a complicações causadas pelas toxinas, principalmente crianças. A maioria dessas vítimas vive em regiões tropicais e pobres.

As vítimas de picadas de cobra podem sofrer paralisia que impede a respiração, distúrbios hemorrágicos que podem levar a hemorragias fatais, insuficiência renal irreversível e danos aos tecidos que podem causar incapacidade permanente e perda de membros. Isso resulta em uma morte a cada seis minutos.

Williams afirma que um dos problemas é a falta de tratamentos seguros e eficazes em algumas regiões do mundo. Na África Subsaariana, por exemplo, há acesso a apenas 2,5% dos tratamentos necessários. Segundo Williams, a Índia é o país mais afetado do mundo, com cerca de 58 mil mortes anuais devido a picadas de cobra.

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