Brasil
Pesquisador associa seca no Rio Negro ao aquecimento global
O Rio Negro, em Manaus, registrou na quarta-feira (25) o menor nível de sua história: menos de 13 metros. Esse é o resultado de uma seca severa que afeta o Amazonas há meses. Muitas áreas do rio estão secas e cobertas de areia.
A seca tem impactado a vida de milhares de pessoas no estado. Segundo o governo, 59 municípios estão em emergência e 158 mil famílias sofrem com a falta de água, comida e transporte. Muitas comunidades ribeirinhas estão isoladas e sem assistência.
Um dos fatores que contribuem para a seca é o El Niño, um fenômeno climático que altera a temperatura e a umidade do Oceano Pacífico. O El Niño ocorre a cada três a sete anos e influencia o clima em várias regiões do mundo. Ele provoca o enfraquecimento dos ventos que trazem chuva para a Amazônia.
No entanto, o El Niño não é o único culpado pela seca no Rio Negro. O pesquisador Marcos Freitas, da UFRJ, diz que o aquecimento global também tem relação com o problema. Ele explica que as chuvas no Rio Negro dependem mais do Oceano Atlântico do que do Pacífico. Por isso, ele defende que é preciso combater as mudanças climáticas para evitar novas secas.
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