Saúde e neurofarmacologia: (A)vante, (V)amos (C)ombater

Amigos, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é o nosso primeiro tema científico e um dos mais importantes da atualidade. Diariamente, convivemos com notícias e dados nada agradáveis já que o Ministério da Saúde evidencia um número expressivo de óbitos decorrentes de AVC, onde foi registrados 99.159 óbitos em 2014 – sempre em tendências geométricas – (MS, 2016) o que representa uma média de 271 mortes por dia. Da mesma forma, um levantamento de custos hospitalares revela que muitas diárias hospitalares são utilizadas para o tratamento de vítimas de AVC, chegando a representar em 2015, um consumo de 172.298 internações (média de 472 pessoas/dia), na rede pública de saúde brasileira.

O que mais aflige é que a parte atingida dessa doença é o tão controlador, diferenciador, magnífico, um dos mais importantes órgãos do nosso organismo, o cérebro. Este hour concours do corpo humano é essencial à vida humana e à sua capacidade de sobrevivência; além de ser o responsável pelo controle de todas as funções corporais. A circulação do cérebro é realizada pelo sistema carotídeo, que supre a maior parte dos hemisférios cerebrais e pelo sistema vertebro basilar, responsável pelo suprimento do tronco cerebral, cerebelo e parte posterior dos hemisférios cerebrais – mais científico, agora, pra falar de todos os componentes do cérebro. Assim, quando por algum motivo o fluxo sanguíneo cerebral é interrompido, há necrose (morte das células) do tecido e hipóxia (falta de oxigênio) das células, ocasionando o AVC.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC refere-se a um rápido desenvolvimento de sinais clínicos de distúrbios focais com a apresentação de sintomas iguais ou superiores há 24 horas, consequentemente provocando alterações nos planos cognitivo e sensório – motor (BRASIL, 2013). De fato, acontece tanto pelo extravasamento de sangue ou pela restrição do fluxo sanguíneo dentro do vaso em determinada área do cérebro. Os sinais e sintomas dependem do local da lesão, podendo ser encontrados vários tipos de acometimentos (VALENTE et al., 2010).

Quando ficar difícil, como foi agora, vamos usar a seguinte hashtag:#MeExplicaMaisLuiz! Certo!?

O AVC acontece de duas maneiras: 1. O sangue que é rico em oxigênio pode deixar de passar para nutrir o cérebro – chamaremos esse tipo de AVC, de AVC Isquêmico; 2. O nosso cérebro muitas vezes fica com uma pressão muito alta chegando a estourar os vasos, muitas vezes, jorrando sangue para o cérebro inteiro – chamaremos de AVC hemorrágico. Existe ainda outro tipo de AVC, o AIT (Acidente Isquêmico Transitório) mas que para a nossa compreensão básica os dois primeiros já são bastante complexos.

Então, o que nos leva a ter um AVC? #MeExplicaMaisLuiz

A hipertensão arterial, sem dúvidas, é o principal fator de risco controlável, sendo relevantes tanto a hipertensão diastólica (que a gente chama de máxima) quanto a hipertensão sistólica (que chamamos de mínima) isoladas O Diabetes Mellitus (ou só diabetes mesmo), ao acelerar o processo aterosclerótico (acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos), eleva o risco de AVC. A síndrome metabólica (um tema bastante expressivo para uma próxima oportunidade) caracterizada por obesidade, particularmente a obesidade abdominal, hipertrigliceridemia (triglicerídeos em uma quantidade elevada), baixos níveis de HDL-colesterol (colesterol bom), hipertensão arterial e hiperglicemia, predispõe ao desenvolvimento de doença vascular aterosclerótica e DM. Tal combinação de fatores de risco parece exercer efeito sinérgico (uma força de outros lugares tentando nos derrubar), elevando o risco de AVC. O tabagismo é determinante importante e independente de AVC.

O papel do álcool como fator de risco para AVC é controverso: vários estudos epidemiológicos a esse respeito produziram resultados conflitantes. Parece haver risco elevado em pessoas que consomem grandes quantidades de álcool, ao passo que a ingestão de pequenos volumes, particularmente de vinhos, teria efeito protetor quando comparada com a população abstêmia. A atividade física deve ser plenamente encorajada com forma de se reduzir os altos índices de AVC, devendo ser praticada regularmente por pessoas de todas as faixas etárias.

E como a gente – JUNTOS – vamos combater? #MeExplicaMaisLuiz

Vamos utilizar nossos medicamentos pra pressão alta, pro diabetes, pro colesterol alto, na hora e nos dias certos – sempre respeitando a prescrição médica – de forma correta, não fazendo a automedicação (assunto também importante para o futuro) – consulte sempre o farmacêutico mais próximo (por isso estamos aqui); diminuir os excessos na nossa alimentação diária e incluir alimentos saudáveis como frutas, legumes, verduras, orgânicos no nosso dia a dia – procurar sempre o Nutricionista para todas as dúvidas; controlar os desejos de fumar e beber de forma descontrolada; realizar atividades físicas baseadas na sua rotina – por isso, a importância de sempre procurar um profissional habilitado da Educação Física para o acompanhamento específico; e principalmente – aí você vai precisar se procurar – diminuir radicalmente os níveis de estresse do nosso dia, porque ele têm sido o grande vilão de muitos casos de pessoas “teoricamente” saudáveis – daquelas que não sentem nada, sabe – e de uma hora pra outra precisa correr para o hospital.

Portanto, amigos, o combate ao AVC e a outras doenças cerebrovasculares é o mais fácil porque já conhecemos como fazer e se torna mais difícil por não querermos fazer. Lembram-se da longevidade da semana passada? A busca dela é incessante e estamos diariamente fazendo por onde – ou não – deixá-la cada vez mais do nosso lado.

Não esqueçam da hashtag: #MeExplicaMaisLuiz!

Até semana que vem! Abraço de muita saúde a todos!