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“Senti eu sendo quebrado ao meio”, diz homem atingido por aparelho em academia
Regilânio da Silva Inácio, o indivíduo que sofreu uma fratura na coluna após ser atingido por um aparelho de musculação em uma academia de Juazeiro do Norte, no Ceará, quebrou o silêncio e fez suas primeiras declarações após o procedimento médico. Encontrando-se sob cuidados no Hospital Santo Antônio, em Barbalha, a equipe médica assegurou que sua recuperação está progredindo favoravelmente e está prevista sua alta para esta quarta-feira (9).
Com 42 anos e atuando como motorista de aplicativo, Regilânio expressou profunda gratidão por ter sobrevivido ao incidente, que culminou em uma cirurgia delicada para reconstruir sua coluna. Ele compartilhou a experiência angustiante do acidente, descrevendo a sensação de seu corpo se partindo no instante do impacto, resultando em perda de controle e dormência na parte inferior do quadril.
“O impacto foi tão avassalador que senti meu corpo sendo literalmente partido ao meio. Era como se minhas pernas já não fizessem parte de mim, como se estivessem separadas do meu corpo. Agradeço a Deus por um verdadeiro milagre: a máquina não atingiu minha cabeça, pois talvez eu não estaria aqui para compartilhar essa história”, relatou o motorista de aplicativo em uma entrevista à jornalista Patrícia Calderón.
Regilânio relembrou o momento do incidente, mencionando sua incapacidade de explicar completamente o que havia ocorrido. Ele descreveu que estava utilizando o aparelho de musculação quando, subitamente, se viu cercado por várias pessoas.
“Travei a máquina, desci, dei a volta, coloquei mais peso, e sentei pra descansar. E aconteceu. Na hora, hora pensei que eu tinha morrido. Eu senti o meu corpo partindo, a parte debaixo do quadril sem controle, tudo adormecido, é uma sensação tão esquisita, como se eu não tivesse as minhas pernas. A dor foi tão violenta, que na mesma hora eu tive a consciência que nunca mais voltaria a andar. O que vier pra mim é lucro. É muito difícil aceitar, porém, não vou desistir, vou correr atrás, vou buscar o 1% de chance de que eu possa andar”, detalhou Regilânio em entrevista.