Ceará
Setores propõem retomada gradual no Ceará com higienização e equipamentos de proteção para os trabalhadores
Após o governador Camilo Santana (PT) anunciar, em entrevista ao O POVO, a criação de uma comissão para discutir a retomada gradual da atividade econômica no Ceará, setores já traçam estratégias de como garantir que o retorno seja feito de forma segura e efetiva, mesmo diante do cenário de pandemia. Horários reduzidos e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte dos colaboradores, por exemplo, são propostas praticamente unânimes, que devem ser levadas ao grupo criado pelo Governo do Estado, formado por profissionais da saúde e de desenvolvimento econômico.
Sobre a liberação gradual, ontem, o diretor executivo do Programa de Emergências à Saúde da OMS, Michael Ryan, destacou que o isolamento social “pode e deve ser evitado” em muitas situações, mas que, para relaxar a quarentena, é preciso uma “estratégia de saúde forte” para detectar os casos da doença e isolar os infectados. Camilo afirmou, inclusive, que a retomada somente ocorrerá após análise de dados sobre a situação da saúde no Estado.
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE), Maurício Filizola diz que diversos cuidados terão de ser adotados para garantir a segurança de trabalhadores e consumidores, caso o isolamento social seja flexibilizado. “Teremos que ter horário de funcionamento reduzido, assim como rodízio de colaboradores, com escalas diferentes, para não gerar transtorno no transporte público”, diz. Sobre os cuidados nos estabelecimentos, ele defende o uso de EPIs pelos funcionários e fitas de distanciamento para evitar aglomerações. Filizola conta, ainda, que o setor pode levar “de 15 a 40 dias”, após a retomada, para voltar a uma “normalidade”.
Já na construção civil, que tem aproximadamente 100 obras paralisadas no Ceará, a ideia central é retomar, primeiramente, as atividades nos canteiros que contam com até 100 operários. “Vamos colocar mais lavatórios, com itens como álcool em gel, máscaras e luvas, para garantir a segurança dos trabalhadores. Além disso, a ideia é escalonar o horário de entrada e de refeição para evitar qualquer aglomeração”, avalia o presidente do Sindicato das Construtoras (Sinduscon-CE), Patriolino Dias. “Creio que temos condição de retomar imediatamente”, acrescenta.
Como forma de desafogar o transporte público, Patriolino garante também que as construtoras contratarão serviços particular de transporte para levar os operários às obras. “Também vamos medir a temperatura de todos ao chegar, além de distribuir kits com itens de higiene e uma cartilha educativa”, informa. Sobre os colaboradores que estão no grupo de risco, ele destaca que os mesmos “seguirão liberados”.
Em nota, a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) informou que participou da primeira reunião da comissão que discute a retomada no Estado. Segundo a entidade, segmentos como construção civil, têxtil, confecções, metal-mecânico, calçados e móveis “podem retomar de forma gradativa as suas operações preservando os cuidados com a saúde pública e com um conjunto de protocolos”. Base nacional do setor, a Federação de São Paulo (Fiesp) sugere uma reabertura gradual das atividades, segundo o grau de essencialidade, abrangendo todos os segmentos e em 45 dias.
Para o agronegócio, talvez o setor produtivo menos afetado, as principais sugestões de retomada dizem respeito às feiras livres, que desafogam a produção de diversos agricultores do Estado. Conforme Flávio Saboya, presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), uma estratégia poderia ser restringir os locais “aos pequenos produtores e comerciantes de produtos perecíveis”, com a devida proteção de máscaras e luvas. Ele informa também que a entidade oferecerá assistência individual para que técnicos visitem propriedades rurais e entreguem itens de higiene e conscientizem agricultores sobre os cuidados com o coronavírus.
Fonte: O Povo
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