Ceará
‘Virose da mosca’ — Ceará tem primeiro surto: 4971 casos registrados em 2019
Sobral lidera a estatística com 407 casos. Até o momento, Fortaleza não registrou nenhum caso.
Os surtos de Doença Diarreica Aguda (DDA) — popular e erroneamente conhecida como “doença da mosca” são típicos do começo de cada ano, por conta da pré-estação das chuvas. O Ceará já registrou 4971 casos, entre 30/12/2018 e 05/01/2019, de acordo com a primeira planilha de doenças notificação compulsória, divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
Sobral é o município que lidera a estatística, notificando 302 casos. Fortaleza ainda não registrou nenhum caso. A DDA é conhecida por “doença da mosca”, mas o médico Rui de Gouveia explica que a transmissão do vírus causador da doença não é feita através do inseto.
Ele acredita que a virose ganhou este “apelido” devido à época mais chuvosa do ano, onde aumenta a proliferação de moscas. “O que se nota, nesse período chuvoso, é que em alguns locais, você percebe o aumento da proliferação de moscas. E isso pode ter correlação com questões de higiene, cuidados com alimentos. Mas não existe diretamente transmissão do vírus pela mosca”, completa Gouveia.
Rui, que é coordenador da Atenção Primária à Saúde de Fortaleza, também comenta a correlação entre o período chuvoso e o aumento da transmissão. “Nesse período chuvoso, se tem um maior número de pessoas em aglomerações em ambientes fechados, que têm aumento do contato. E consequentemente, com o aumento do contato, aumenta a possibilidade de transmissão de vírus”.
Entre os principais locais de aglomeração, o especialista cita shoppings e festas de pré-carnaval. Ele também alerta que a principal forma de transmissão da doença é através de contato interpessoal, seja direto ou indireto.
Limpeza e tratamento
Higiene é a principal arma de combate contra o aumento da DDA. “Lavagem das mãos, lavagem dos alimentos, cuidado no preparo etc. Tudo isso é fundamental para que se evite a transmissão com maior intensidade”, complementa Rui de Gouveia.
Em relação ao tratamento da doença, o coordenador explica que o método serve como “reforço” aos mecanismos de defesa presentes no próprio organismo. “A pessoa precisa se manter bem hidratada, porque naquele momento, ela está perdendo muitos líquidos. É interessante utilizar os sais de reidratação oral, que são distribuídos nos postos de saúde”, destaca.
Em relação aos sais de reidratação, ele explica a utilização do medicamento. “Quando você coloca os sais na água, ela vai ser mais facilmente absorvida pelo intestino, mesmo que esteja lesionado pelo vírus. Por isso os sais são importantes. Porque como o intestino foi agredido pelo vírus, ele não consegue absorver naturalmente a água que você bebe”. Analgésicos e anitermicos são aconselhados apenas em caso de dor no corpo e/ou febre.
Diário do Nordeste
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